Internacional

CPI dos EUA assusta, mas projeções para o PCE preservam cenário de cortes de juros pelo Fed

11 set 2025, 15:24 - atualizado em 11 set 2025, 15:24
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Próxima reunião do Fed acontece nos dias 16 e 17 de setembro. (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

A inflação dos Estados Unidos (EUA), medida pelo CPI, surpreendeu para cima em agosto, mas a expectativa é de que a leitura do PCE referente ao mesmo mês venha “mais suave” e mantenha o cenário de corte de juros em setembro, avaliam economistas.

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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% e acumulou alta de 2,9% em 12 meses. O mercado projetava avanço de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pela Broadcast.

O núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% em agosto e chegou a 3,1% em um ano.

O economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, destacou que carros e caminhões usados puxaram o núcleo de bens para cima. Já no núcleo de serviços, a inflação manteve o ritmo, com alguma contribuição negativa de serviços médicos, mas com pressão em habitação e passagens aéreas.

Diferente do CPI, a equipe do banco projeta alta de 0,24% no núcleo do PCE — índice preferido do Federal Reserve (Fed). Isso alivia as preocupações do banco central norte-americano e abre espaço para a retomada dos cortes da taxa de juros.

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Em linha, o Bank of America (BofA) também espera uma inflação “mais branda” no núcleo do PCE, de 0,23%. Se a projeção se confirmar, a taxa anual pode se manter em 2,9%. Para o PCE cheio, a estimativa é de alta de 0,25% no mês e 2,7% em 12 meses.

O PCE será divulgado apenas em 26 de setembro, após a próxima decisão do Fed, marcada para o dia 17.

O cenário do BofA prevê que o Fed reduza os juros duas vezes neste ano, com cortes de 0,25 ponto percentual em setembro e dezembro.

Já se o PCE vier em linha com as projeções, aumentam as chances de um corte já em outubro. Essa decisão, no entanto, deve depender mais dos dados do mercado de trabalho.

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“Hoje, os mercados precificaram cortes mais rápidos após a alta nos pedidos de seguro-desemprego. Mas parece que esse movimento foi distorcido por fatores sazonais ligados ao feriado do Dia do Trabalho e por um salto nos pedidos vindos do Texas.”

Os economistas ressaltam que os próximos dados de auxílio-desemprego nos EUA, que serão divulgados na quinta-feira (18), serão “cruciais” para o rumo da política monetária do país.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.