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Credit Suisse corta preço-alvo de Cesp e Engie, mas afirma que, apesar de tudo, elas são um porto seguro

27 jul 2020, 15:32 - atualizado em 27 jul 2020, 16:57
Engie
Para o Credit Suisse, a Engie tenha um bom histórico de alocação de capital (o que demonstra a qualidade da administração) e uma sólida geração de fluxo de caixa (Imagem: REUTERS/Benoit Tessier)

O Credit Suisse atualizou as teses de investimento de três geradoras de energia (Cesp (CESP6), Engie Brasil (EGIE3) e Ômega (OMGE3)), incorporando os impactos da covid-19, piores estimativas do GSF (medida de risco hidrológico), preços spot mais baixos e o novo desconto das taxas.

Embora tenha mantido a recomendação de compra, o banco cortou o preço-alvo da Cesp e da Engie Brasil para, respectivamente, R$ 34,90 e R$ 50 após ajustar as projeções do Ebitda de 2020 para baixo.

Mesmo com a redução das expectativas, o indicador da CESP deve quase dobrar e atingir o patamar de R$ 1 bilhão. Engie Brasil também avançará com seu Ebitda – 2,9% neste ano (excluindo a TAG) e 10,8% em 2021.

“Acreditamos que a Engie tem um bom histórico de alocação de capital (o que demonstra a qualidade da administração) e uma sólida geração de fluxo de caixa, que não está totalmente precificada nos níveis atuais”, destacou Carolina Carneiro, autora do relatório obtido pelo Money Times. “Também vemos a companhia entregando um bom fluxo de dividendos (média de 7,1% em 2020-2023)”.

No caso da Ômega, o Credit Suisse elevou o preço-alvo da ação para R$ 39,60 e também manteve a recomendação de compra. De acordo com o banco, a geradora encerrará o ano com um crescimento de 24,4% do Ebitda, seguindo a tendência de expansão do portfólio.

Preparadas para as mudanças

As três empresas estão bem preparadas para a transição do setor de energia. Prova disso está nos esforços para diversificar mais o portfólio e nos investimentos em energias renováveis.

“Após quase um ano de discussões sobre modernizar o segmento de geração, as companhias estão mais preparadas, em nossa visão, para absorver os impactos da maior flexibilidade esperada para os contratos de energia (migração do mercado regulado para o livre, acordos de menor porte e novos esquemas de preço)”, defendeu Carneiro.

Na avaliação da analista, o mercado não reconheceu a boa estratégia adotada pelas geradoras e decidiu puni-las desde o início da pandemia no Brasil.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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