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Credit Suisse corta preço-alvo da Usiminas, devido às incertezas do coronavírus

23 mar 2020, 13:07 - atualizado em 23 mar 2020, 13:49
Usiminas
Circunstâncias: Usiminas engrossa a lista das empresas que sofrem com o coronavírus (Imagem: Twitter/Usiminas)

O Credit Suisse revisou suas estimativas para a Usiminas (USIM5), a fim de incorporar o desempenho do quarto trimestre e os eventuais impactos da pandemia de coronavírus sobre a economia e a empresa. Embora mantenha a recomendação de outperform, o preço-alvo foi cortado de R$ 11,50 para R$ 9,50.

Pesaram, contra a empresa, a forte baixa da previsão de desempenho do setor de aços planos no Brasil em 2020 – material usado para fabricar automóveis e eletrodomésticos, entre outros.

Antes da pandemia, o Credit Suisse projetava um crescimento de 4% para o consumo interno de aços planos. Agora, a expectativa é de uma queda de 2%.

Exemplo chinês

Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório, reconhecem que é difícil prever a profundidade do impacto da pandemia no Brasil, mas notam que as montadoras já começam a dar férias coletivas.

Outra referência vem da China, onde a venda de automóveis despencou 80% em fevereiro – na comparação com igual mês de 2019.

Sem demanda, também não há espaço para aumentar os preços – o que poderia compensar parte da queda do volume físico de vendas.

Assim, a dupla do Credit Suisse não acredita em novas rodadas de reajuste das tabelas, e seu cenário conta apenas com as altas já realizadas – 5% no aço plano e 10% nas distribuidoras.

Apesar do corte do preço-alvo, o banco suíço mantém a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para a Usiminas.

O motivo é que as ações continuam “baratas” em relação à sua média histórica, quando se considera o múltiplo VE/Ebitda (valor da empresa dividido pela geração de caixa).

Atualmente, esse múltiplo é de 4,5 vezes para a Usiminas. Na média histórica, contudo, varia entre 6 e 6,5 vezes.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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