Crédito privado bate recorde e movimenta R$ 517 bi no 1º semestre de 2025; veja os títulos mais negociados

Em meio aos juros elevados, com a taxa Selic no maior patamar em quase duas décadas, os investimentos em crédito privado bateram recorde de movimentação nos primeiros seis meses de 2025.
De acordo com um levantamento da Pop BR, precificadora de ativos de crédito da LUZ Soluções Financeiras, o volume financeiro negociado em debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) no mercado secundário somou R$ 517 bilhões entre janeiro e junho.
O montante representa um aumento de mais de 15% sobre a movimentação observada no mesmo período de 2024, de aproximadamente R$ 449 bilhões.
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“O primeiro semestre de 2025 foi o melhor que temos registro, superando em quase R$ 20 bilhões o segundo semestre do ano passado e R$ 68 bilhões o mesmo período de 2024”, destaca Aruã Torigoe, analista da POP BR e responsável pela pesquisa.
Para efeito de comparação, nos primeiros seis meses de 2015, há 10 anos, as negociações com CRIs, CRAs e debêntures somaram R$ 145 bilhões, menos de um terço do volume atual.

Ativos mais negociados no semestre
O levantamento também apresentou o ranking dos ativos mais negociados entre janeiro e junho. Entre as debêntures, o papel ‘NTSD18’, emitido pela Nova Transportadora do Sudeste, liderou os negócios, com R$ 4,39 bilhões movimentados.
Em segundo lugar ficou a debênture ‘SBSPF3’, da Sabesp, com R$ 4,12 bilhões, seguida pelo ativo ‘PASS12’, da Compass Gás e Energia, com R$ 3,99 bilhões.
CRIs e CRAs
No mercado de CRAs, o destaque ficou com o papel da Marfrig (CRA024009Q4), que, segundo a pesquisa da Pop BR, movimentou R$ 1,90 bilhão de janeiro a junho.
Na segunda posição, aparece o certificado da companhia São Martinho (CRA024004H7), com volume financeiro de R$ 1,61 bilhão.
Já entre os CRIs, o papel ‘21F0097589’, considerado pulverizado, manteve-se na liderança, com mais de R$ 1,5 bilhão negociado, enquanto o segundo lugar ficou com o certificado emitido pela Axis Solar XI Empreendimentos e Participações (24J2539865), que somou R$ 1,19 bilhão.