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Crescimento trouxe burocracia e não temos tempo a perder, diz presidente do Nubank (ROXO34)

23 maio 2025, 9:16 - atualizado em 23 maio 2025, 9:25
Nubank
David Vélez quer simplificar processos para retomar o crescimento do Nubank (Reuters/Brendan McDermid)

O fundador e CEO global do Nubank (ROXO34), David Vélez, afirmou que as recentes mudanças na estrutura diretiva da empresa foram tomadas em virtude do aumento de burocracia enfrentada nos últimos anos e que atrapalhava o crescimento do banco.

“Olhando para a estrutura, comecei a ver sinais de que estávamos desacelerando o ritmo de execução. Qualquer decisão tomava tempo demais para navegar por essas camadas. O que estamos fazendo é uma racionalização, no sentido de ser muito mais horizontal”, afirmou Vélez em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (23).

O próprio retorno do fundador ao comando executivo do banco foi um passo na direção de simplificar os processos e acelerar o ritmo de crescimento da empresa. Ainda assim, ele concorda que a repercussão das recentes saídas de diretores e até mesmo da mudança de presidente possa ter gerado um ruído entre os analistas.

“Gerou algum receio no mercado, mas não podemos ficar refém das percepções do mercado, caso contrário nunca tomaríamos nenhuma decisão difícil. Poderíamos ter comunicado um pouquinho melhor, agora estamos esclarecendo mais, explicando que vamos trazer novos talentos. O fato é a velocidade enorme que conseguimos nos últimos 90 dias”.

Nesta semana, o Nubank anunciou a saída de Youssef Lahrech do cargo de presidente e COO (diretor de operações) após quase seis anos no banco digital. Em março, o Nubank comunicou a saída de Jag Duggal, que deixou o cargo de diretor de produtos.

Novo perfil de liderança

Na entrevista, Vélez revelou que o banco precisa acelerar sua expansão, inclusive com um processo de internacionalização, e vai anunciar a contratação de novos C-Levels. A chegada do ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto já faz parte dessa estratégia.

“Nosso novo ciclo requer novas experiências e conhecimentos. Ele (Campos Neto) traz um conhecimento que não tínhamos dentro de casa. Somos um dos maiores bancos do Brasil e não temos um economista-chefe. Ele traz muito desse conhecimento de macroeconomia, de políticas públicas”.

 

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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