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Crise de energia da China aos EUA deixa em linha de alta os óleos vegetais com o inverno chegando

06 out 2021, 8:09 - atualizado em 06 out 2021, 8:44
China Indústria Poluição
Consumo industrial de carvão na China está em cheque e os preços dos ativos sobem (Imagem: Reuters/Thomas Peter)

Se não há risco iminente de apagão de energia no Hemisfério Norte e Ásia, da China aos Estados Unidos os mercados estão se comportando como se temessem o pior.

Enquanto no mundo real se torce para um outono-inverno mais amenos, que demande menos consumo em aquecimento, os preços dos ativos alternativos tendem a subir com a crise do carvão e do gás. O petróleo em alta, renovando mais 1,20% de valorização, sem perspectiva de produção adicional pela Opep+, puxa a corrente.

Mas em um mundo saindo da pandemia, apesar dos riscos ainda presentes, as economias vão precisar de mais energia.

Os óleos de palma e soja estão nessa ponta de alta, com o segundo oportunizando ganhos as últimas sessões de Chicago. Na véspera, subiu mais de 3%, e, nesta quarta (6), também vem impulsionado, embora mas levemente até aqui (8h20, Brasília), a mais 0,74%, a  US$ 61,59

E também acaba dando suporte para o grão, que consegue abafar um pouco sua pressão de baixa (colheita e maiores estoques nos EUA e plantio no Brasil).

Devem oscilar bastante, em patamares mais altos, até que o cenário de consumo avance nos países dependentes dessas matrizes energéticas.

A China já apresenta custos mais elevados de produção, impactando as fábricas grandes consumidoras de energia e espalhando preços mais altos ao redor do mundo comprador, pela oferta restrita de carvão.

No agronegócio, já é sentido nos agroquímicos e fertilizantes.

A Grã-Bretanha viveu recentemente a falta de combustíveis, apesar de atribuída à mão-de-obra escassa após o Brexit, mas a situação de oferta restrita de energia e consumo em alta se espalha também para o continente.

Nos Estados Unidos, os preços do gás explodiram.

A Índia é outro grande consumidor mundial que acelerou importações para superar seu déficit de óleo de palma.

Enquanto no Brasil mais termoelétricas são acionadas com a escassez hídrica e a torcida para as chuvas voltarem regularmente no verão.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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