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CSN Mineração (CMIN3) dispara mais de 12% no Ibovespa após balanço; o que agradou o mercado? 

13 mar 2025, 12:18 - atualizado em 13 mar 2025, 17:51
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As ações da CSN Mineração, uma empresa do grupo CSN, lideram os ganhos do Ibovespa desde a abertura em reação ao balanço do 4T24 (Imagem: REUTERS/Stringer)

As ações da CSN Mineração (CMIN3) disparam mais de 12% durante o pregão e figuraram entre os maiores ganhos do Ibovespa (IBOV) do pregão nesta quinta-feira (13). 

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CMIN3 encerrou o dia com alta de 8,90%, a R$ 5,75. Na máxima do dia, os papéis registraram alta de 12,31% (R$ 5,93).



Já CSN disparava 8,50%, a R$ 9,19. Acompanhe o Tempo Real. 

O tom positivo de ambas as empresas é impulsionado pelos números do quarto trimestre de 2024 (4T24).  

A empresa de mineração da CSN reportou lucro líquido de R$ 2,016 bilhões entre setembro e dezembro, um crescimento de 48,4% em relação ao mesmo período de 2023. No ano, o lucro foi de R$ 4,528 bilhões, alta de 26,9%.

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Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 2,015 bilhões no 4T24 — queda de 27% na comparação anual –, com margem ajustada de 51,6%. 

Em 2024, o Ebitda ajustado da mineração teve baixa de 25%, totalizando R$ 5,8 bilhões, com margem de 45,3%.

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CSN Mineração: resultados acima do esperado

Na avaliação dos analistas, os números de CSN Mineração (CMIN3) vieram acima do esperado. 

Para o Itaú BBA, a qualidade dos resultados “foi boa”, impulsionada tanto por melhores receitas, principalmente devido a uma forte realização de preços, quanto por melhor desempenho de custos.

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“Os resultados melhoraram sequencialmente, liderados pela melhor realização do preço do minério de ferro, compensando a piora nos volumes e custos”, diz a equipe liderada por Daniel Sasson, em relatório. 

O banco ainda avalia que o nível de endividamento (alavancagem), que relaciona a dívida líquida sobre Ebitda, da companhia permaneceu estável em -0,8 vezes. 

“A alavancagem foi auxiliada pelo fluxo de caixa livre (FCF) positivo e por novos acordos de pré-pagamento de minério de ferro, que compensaram o efeito negativo do real mais fraco sobre a dívida vinculada ao dólar e o pagamento de dividendos/JCP de R$ 3 bilhões no período”, diz o relatório do Itaú BBA. 

Para o BTG Pactual, o destaque do balanço foi o Ebitda, que atingiu um pouco mais de R$ 2 bilhões, e ficou 32% acima da estimativa do banco. 

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Eles ainda destacam que a CSN Mineração “finalmente” reportou uma geração de FCF de R$ 212 milhões, apesar de maior capex (investimentos) e queima em capital de giro. 

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O BTG Pactual tem recomendação neutra para as ações CMIN3. A classificação foi mantida, segundo os analistas, devido a um ambiente macroeconômico e minério de ferro “desafiador”, execução de projetos atrasada e um valuation mais alto do que seus pares. 

O banco tem preço-alvo de R$ 6,50 — representa um potencial de valorização de 23,1% sobre o preço de fechamento da véspera (12). 

“Estamos relativamente cautelosos sobre as perspectivas para o grupo nos próximos trimestres e vemos melhores riscos/retornos em outras companhias em nossa cobertura”, diz o BTG Pactual em relatório. 

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Já o Itaú BBA manteve a recomendação de venda (underperform) com preço-alvo de R$ 5,50 — o que representa um potencial de valorização de 4,2% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (12). 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.