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CSN tem forte queda após balanço; BTG corta recomendação e preço-alvo das ações

24 out 2019, 11:13 - atualizado em 24 out 2019, 11:13
CSN
A companhia teve prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre (Imagem: Douglas Engle/Bloomberg News.

Por Investing.com

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Depois de reportar resultado fraco no terceiro trimestre do ano, as ações da CSN (CSNA3) operam com forte queda nos primeiros negócios desta quinta-feira, umas das maiores perdas do Ibovespa, ao lado de Localiza (RENT3). A companhia teve prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de 752 milhões obtido um ano antes e cortou em cerca de 12% sua projeção de resultado operacional em 2019.

Por volta das 10h39, as ações operam com forte queda de 4,24% a R$ 12,86.

Para o BTG Pactual (BPAC11), o resultado é muito decepcionante, dado o ambiente benigno de preços do minério de ferro dos últimos trimestres. Com a falta de catalisador à vista (mesmo incluindo a venda esperada de SWT), o banco sente que o otimismo não é mais justificado e rebaixou a recomendação para Neutra, cortando o preço-alvo de R$ 21 para R$ 15.

Para a equipe, os números da CSN foram decepcionantes sob vários ângulos, embora as expectativas para o trimestre fossem reconhecidamente muito baixas. O EBITDA ficou 34% abaixo na comparação trimestral e 4% abaixo do esperado pelo banco.

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Os analistas apontam que os principais motivos foram EBITDA fraco nos negócios siderúrgicos com as paradas de manutenção, menor realização/volume de preços de minério de ferro e maiores custos de frete.

Desde janeiro, BTG se mantinha otimista com a CSN, com a tese de que a desalavancagem se aceleraria logo após os preços muito altos do minério de ferro e a venda de ativos mais agressiva. No entanto, a tese não se desenrolou como prevista, e os níveis absolutos da dívida líquida não avançaram em muitos trimestres.

A empresa, que opera nos setores de siderurgia, mineração, cimento e logística, teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,567 bilhão de reais de julho a setembro, quedas de 4% no comparativo anual e de 34% na relação trimestral.

Com isso, a alavancagem da empresa medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado subiu de 3,65 vezes no fim do primeiro semestre, a 3,81 vezes. Em julho, executivos da empresa estimaram que a alavancagem poderia ficar abaixo de 3 vezes ao fim deste ano.

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Analistas, em média, esperavam Ebitda da CSN de 1,864 bilhão de reais, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis.

A perspectiva para o Ebitda ajustado de 2019 da CSN foi revista pela empresa de 8,5 bilhões para 7,5 bilhões de reais. Na nova projeção de Ebitda de 2019, a empresa não menciona estimativa para a alavancagem.

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investing@moneytimes.com.br