AgroTimes

Custo ao produtor salta nos EUA pelo núcleo do setor do Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3)

15 fev 2022, 14:46 - atualizado em 15 fev 2022, 14:49
Projeto prevê pagamento do valor integral de animal doente abatido
Custos de originação de boi nos EUA seguem pressionando Marfrig e JBS (Imagem: Unsplash/@dorukyemenic)

As pressões inflacionárias nos Estados Unidos, reforçadas pelos custos de produção, deverão continuar a perseguir os negócios das filiais do Marfrig (MRFG3) e do JBS (JBSS3), assim como do conjunto do setor frigorifico e de todas as empresas transformadoras do país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O índice de Preços ao Produtor (PPI, da sigla em inglês), divulgado nesta terça (15) pelo Departamento do Trabalho, mostrou aumento de 9,7% em janeiro, na comparação anual, e de 1% sobre dezembro, mês que o ganho foi o maior em oito meses.

Tanto no comparativo anual quanto no mensal os índices foram superiores ao estimado pelo mercado, mais conservador, e está claro nas informações oficiais que os gastos no pipeline da produção teve o núcleo alimento e energia entre os mais influentes. No caso das carnes, o estático rebanho de boi do país não cresce ao ritmo do consumo pós pandemia.

Além disso, as empresas do setor são grandes consumidoras de energia e de combustíveis.

Na semana passada, por exemplo, também foi observado que a inflação ao consumidor segue em ritmo forte, levando a taxa anual a nível recorde em 40 anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse sentido, a partir do núcleo de alta dos preços para o produtor produzir, haverá novos repiques ao consumidor a partir de fevereiro, e reforça a tese de maior rigidez monetária que o Federal Reserve sinalizou a partir de março e para o ano todo.

Até o momento, seguindo os balanços dos players brasileiros de carnes, viu-se que as receitas originárias dos negócios de suas filiais americana são potentes, com o americano aceitando o aumento dos preços ocasionados pela oferta mais ajustada de bois, por exemplo.

E analistas brasileiros, como Sérgio Berruezo, da Ativa Investimentos, não consideravam a tendência alta dos juros nos EUA como fator de reflexo no consumo de alimentos, mas sem que se contasse com a inflexão dos índices neste começo de ano e, portanto, esperando um Fed mais conservador e menos agressivo a partir do mês que vem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar