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CVC (CVCB3) pode dar calote? Empresa recebe mais uma notícia negativa

15 mar 2023, 19:56 - atualizado em 15 mar 2023, 20:11
CVC, CVCB3
Segundo a S&P, a reestruturação se dá em condições desfavoráveis, e um default (calote) convencional poderia ocorrer (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A CVC (CVCB3) teve o seu rating em moeda nacional e sua emissão de debênture rebaixada pala S&P Global Ratings de CCC+ para CC, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (15).

A empresa vive momento delicado na bolsa, com as ações enfrentando forte volatilidade diante da reestruturação da sua dívida. A companhia conseguiu um acordo com os debenturistas sobre os principais termos e condições de reperfilamento dos títulos de dívida.

O acordo foi feito com representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da quinta emissão, de acordo com a empresa.

Segundo a S&P, a reestruturação se dá em condições desfavoráveis, e um default (calote) convencional poderia ocorrer caso não fosse concluída.

Nesta sessão, a companhia voltou a derreter, seguindo o movimento negativo do pregão anterior.

A CVC possui dívida financeira total de cerca de R$ 897 milhões em 31 de dezembro de 2022, dos quais cerca de R$ 694 milhões são de curto prazo, “com uma a posição de caixa de R$ 815 milhões e um a expectativa de geração de caixa ainda baixa, considerando os potenciais obstáculos para a recuperação de suas operações”.

Além disso, diz a S&P, as condições do mercado de crédito brasileiro têm se deteriorado desde o começo do ano, com menor oferta de crédito e custos mais altos.

“Portanto, acreditamos que haveria um risco considerável de que a CVC não conseguiria fazer frente aos seus vencimentos de curto prazo na ausência da negociação com os debenturistas”, discorre.

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O que diz a CVC?

Segundo a empresa, a CVC tem reduzido seu endividamento bruto, que atualmente é cerca de metade daquele observado em 31 de dezembro de 2019 (pré-pandemia).

“A alteração da classificação de risco de crédito ocorrida hoje reflete as definições e a aplicação da metodologia utilizada pela agência S&P Global Rating, sendo que a agência ainda sinaliza, em seu comunicado, que “uma vez concluída, a transação melhorará a estrutura de capital e liquidez da empresa e potencialmente beneficiará
seu perfil de crédito”, discorre.

Veja o documento:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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