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CVC: erros contábeis somam R$ 362 milhões e empresa vê indícios de fraude

03 ago 2020, 9:58 - atualizado em 03 ago 2020, 9:58
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Distorções: CVC detectou indícios não conclusivos de fraudes da antiga gestão (Imagem: Roberto Tamer)

A CVC Brasil (CVCB3) encontrou R$ 362,384 milhões em erros e distorções contábeis em suas demonstrações financeiras. O número foi divulgado nesta segunda-feira (3), junto com a reapresentação dos resultados de 2019, e é superior aos R$ 350 milhões estimados inicialmente.

No início de março, a maior operadora de turismo do país já havia informado o mercado de que encontrara indícios de erros em seus balanços, causando uma forte queda nas ações.

O caso provocou a renúncia do então presidente da companhia, Luiz Fogaça, e à nomeação de Leonel Andrade (ex-Smiles) para o posto.

Nas notas explicativas que acompanham a reapresentação do balanço de 2019, a CVC informa que identificou “falhas em seus controles internos que resultaram em distorções decorrentes de erros em determinadas contas contábeis e de atos praticados com indícios de fraudes contábeis”.

Detalhamento

Os detalhe da apuração se concentram na nota explicativa 4, à página 38 do relatório. Segundo ela, dos R$ 362 milhões apurados, R$ 93,8 milhões referem-se ao exercício de 2019. Outros R$ 135 milhões foram alocados nas demonstrações de 2018, e mais R$ 133 milhões pertencem a exercícios anteriores a 2018.

A CVC acrescenta que as investigações detectaram indícios, não conclusivos, de fraudes contábeis, relacionados ao expurgo e manipulação de custos em relatórios; ajustes manuais em determinadas contas, sem suporte de documentos; omissões na correção de problemas identificados; e ocultação de informações, tanto da companhia, quanto dos auditores externos.

Veja as demonstrações de 2019 reapresentadas.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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