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CVM adia assembleia da BRF (BRFS3) para incorporação pela Marfrig (MRFG3) mais uma vez

11 jul 2025, 11:35 - atualizado em 11 jul 2025, 11:36
marfrig brf cvm
CVM adia novamente a AGE da BRF após questionamentos sobre transparência na proposta de incorporação pela Marfrig. (Foto: Divulgação)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu nesta sexta-feira (11) adiar, mais uma vez, a realização da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da BRF (BRFS3), que estava marcada para a próxima segunda-feira (14).

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A decisão foi aprovada por unanimidade e atendeu a pedidos de acionistas minoritários, que alegam falta de informações sobre a proposta de incorporação das ações da BRF pela controladora Marfrig (MRFG3).

A primeira tentativa de realizar a assembleia, agendada para 18 de junho, já havia sido interrompida por decisão da CVM, que exigiu dados mais detalhados sobre os termos da relação de troca entre as companhias.

Em 16 de junho, o órgão regulador autorizou um primeiro adiamento de 21 dias, cobrando esclarecimentos adicionais para assegurar a transparência do processo. No entanto, os documentos entregues em 23 de junho omitiram números e projeções financeiras sob justificativa de sigilo comercial.

Acionistas minoritários criticaram a falta dessas informações, alegando que ela compromete a capacidade de avaliar se os termos da operação são justos. A Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM concordou em parte com essa avaliação, afirmando que a ausência de dados concretos “esvazia o propósito da norma” que trata da transparência nas operações societárias.

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Embora a BRF argumente que tem o direito de manter certas informações em sigilo por serem sensíveis, a SEP ressaltou que a Marfrig teve acesso a esses dados, o que gera uma assimetria informacional no processo. Diante disso, a CVM determinou um novo adiamento de 21 dias, que começa a contar a partir da divulgação dos dados exigidos.

A diretora da CVM, Marina Copola, destacou a divergência entre a proposta de relação de troca e parâmetros técnicos como cotações históricas e laudos de avaliação. Com isso, a BRF deverá detalhar publicamente os critérios utilizados para embasar a proposta.

*As informações são do Broadcast Agro

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