Cyrela (CYRE3) queima caixa e vê lucro cair no 4T22; lançamentos elevam receita

O lucro líquido da Cyrela (CYRE3) caiu 4,5% no quarto trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 208 milhões.

Entretanto, a receita líquida somou R$ 1,37 bilhão, montante 4,1% acima do visto um ano antes, impulsionada pelo maior volume de obras em andamento de unidades já comercializadas e maior número de lançamentos. A incorporadora viu a sua margem bruta cair 2 pontos percentuais (p.p.) no comparativo anual, para 31,4%.

No entanto, a Cyrela queimou R$ 54 milhões de seu caixa, contra R$ 100 milhões gerados no mesmo trimestre de 2021. A empresa terminou dezembro com dívida bruta com juros a pagar de R$ 4,85 bilhões, valor 12% maior do que o reportado ao fim do terceiro trimestre.

Vendas e lançamentos avançam no 4T

Em sua prévia operacional, divulgada em janeiro, a Cyrela informou que as vendas líquidas contratadas somaram R$ 2,69 bilhões no quarto trimestre, salto de 70,9%

De outubro a dezembro, a construtora lançou 15 empreendimentos, dois a menos que o lançado no quarto trimestre de 2021. Ainda assim, o valor geral de vendas (VGV) ficou 10,4% acima do ano anterior, somando R$ 2,82 bilhões.

Desse total lançado, R$ 1,23 bilhão refere-se a projetos de médio padrão, enquanto R$ 1,51 bilhão são de empreendimentos de alto padrão.

Acumulado do ano

No consolidado de 2022, a Cyrela viu o seu lucro líquido recuar 11,5%, para R$ 809 milhões. Por outro lado, a receita líquida avançou 13% de janeiro a dezembro, para R$ 5,41 bilhões.

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Conforme informado em prévia operacional, as vendas líquidas contratadas somaram R$ 7,91 bilhões no ano passado, crescimento de 43% em relação ao reportado em 2021, com participação de 77% da Cyrela nas vendas.

Já os lançamentos tiveram VGV de R$ 9,11 bilhões no ano, total 28% acima no comparativo anual.

A construtora lançou 48 empreendimentos em 2022. Do total lançado em 2022, R$ 4,56 bilhões foram relacionados a projetos de alto padrão, enquanto R$ 3,88 bilhões foram de médio padrão. Os demais R$ 666 milhões foram de empreendimentos das faixas 2 e 3 do programa Casa Verde e Amarela (o atual Minha Casa, Minha Vida).

A Cyrela gerou caixa de R$ 33 milhões e encerrou o ano passado com alavancagem — medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda -, de 7,8%, alta de 3,7 p.p. na base anual.