Cyrela (CYRE3) surpreende com prévia do 1T24 e analistas estão otimistas para 2024; veja se vale comprar as ações
A prévia operacional do primeiro trimestre deste ano (1T24) da Cyrela (CYRE3) surpreendeu os analistas do mercado. As vendas líquidas contratadas subiram 39%, para R$ 2,1 bilhões, segundo comunicado na terça-feira (9).
O indicador de velocidade de vendas (VSO) em 12 meses ficou praticamente estável em 50%, de 49% um ano antes, enquanto a safra lançada de janeiro a março foi 53% vendida, afirmou a companhia. Os lançamentos atingiram R$ 1,7 bilhão, alta de 26% ano a ano e queda de 38% em relação ao trimestre passado.
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Apesar disso, no pregão de hoje, as ações da Cyrela operam em baixa, devido à queda dos juros e um mau humor geral do mercado. Por volta das 15h10, CYRE3 recuava 2,79%, a R$ 23,70.
Apesar disso, os analistas seguem otimistas com a companhia em 2024.
Os destaques da Cyrela no 1T24
De acordo com Ygor Altero e Ruan Argenton, analistas da XP Investimentos, as vendas da Cyrela superaram as expectativas em 10%. “Mantemos nossa visão positiva sobre a CYRE3 e reiteramos nossa recomendação de compra com um preço alvo de R$ 26″, afirmam.
Para completar, as vendas do segmento Minha Casa Minha Vida atingiram R$ 410 milhões — alta anual de 37% e trimestral de 4% —, representando 19% das vendas líquidas. Dessa forma, os analistas veem espaço para a companhia continuar aumentando a operação no programa, atingindo 30% do total de lançamentos.
Além disso, neste trimestre, as vendas foram maiores do que os lançamentos, reduzindo o nível do estoque. Isso reforça a visão da Ágora Investimentos sobre a capacidade da Cyrela de lançar mais do que as expectativas do mercado de R$ 6 bilhões a 7 bilhões em 2024.
Os analistas da casa, Bruno Mendoça e José Cataldo, mantêm recomendação de compra para as ações, sendo ela uma das preferidas no segmento de média e alta rendas.
Já o Banco Safra destaca que a companhia apresentou números operacionais robustos, em geral, apesar dos maiores impactos sazonais no trimestre que pressionam seu desempenho de vendas.
O banco diz continuar confiante em relação a Cyrela. Segundo os analistas, a alocação conservadora de capital, a equipe de gestão qualificada, o reconhecimento da marca e o balanço patrimonial sólido devem resistir a qualquer vento macroeconômico.
