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Cyrela (CYRE3) vai avaliar dividendo extraordinário no 2º semestre

15 ago 2025, 14:11 - atualizado em 15 ago 2025, 14:11
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Cyrela pode distribuir dividendo extra este ano, mesmo com maior queima de caixa e compras de terrenos acima da média. (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A Cyrela (CYRE3) vai discutir a possibilidade de pagar dividendos extraordinários aos acionistas no segundo semestre, apesar do consumo de caixa maior nos primeiros seis meses do ano, afirmou o diretor financeiro da companhia, Miguel Mickelberg, em teleconferência de resultados nesta sexta-feira (15).

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Ao ser questionado se a queima de caixa maior e as compras maiores de terrenos pela empresa poderiam se traduzir em um dividendo menor este ano — e se faria sentido considerar um “payout” mínimo para o período — Mickelberg disse que a Cyrela vai avaliar a possibilidade de um pagamento adicional.

“A gente vai discutir ao final do ano a possibilidade de um dividendo extraordinário”, disse Mickelberg em teleconferência com analistas, ao apresentar os resultados trimestrais da construtora, divulgados na noite da véspera.

“A performance de caixa neste (segundo) trimestre e essa questão um pouco mais estrutural da conversão do estoque em caixa não vai mudar nossa posição de sempre tentar otimizar a estrutura de capital e avaliar dividendos.”

A companhia apresentou um consumo de caixa de R$ 392 milhões entre abril e final de junho, em comparação com a queima de R$ 61 milhões no mesmo período do ano passado, conforme balanço.

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Segundo o executivo, esse consumo foi impulsionado, principalmente, por um desembolso maior com a compra de terrenos, que somou R$ 480 milhões no período, o dobro da média trimestral, que gira em torno de R$ 240 milhões.

“Vale destacar que tem alguns terrenos que nós desembolsamos no trimestre que vão ter sócios, e a gente vai ter um reembolso acontecendo nos próximos meses. Então tem uma reversão disso de cerca de R$ 100 milhões”, acrescentou o executivo.

No acumulado do ano até junho, a Cyrela totalizou um consumo de caixa de R$ 320 milhões, frente à geração de R$ 69 milhões nos primeiros seis meses de 2024.

Apesar da perspectiva de “alguma reversão” desse consumo no segundo semestre, Mickelberg disse que a posição de caixa da companhia ao final do ano deve ficar aquém do esperado, citando uma mudança na velocidade de vendas (VSO) entre unidades de estoques mais novos e estoques prontos e semi-prontos.

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“Embora a gente tenha mantido uma VSO de estoque saudável… até ligeiramente acima da meta e em linha com o que a gente fez no ano passado, a composição mudou um pouco”, explicou.

“Estamos tendo uma velocidade de vendas de estoque até maior no estoque mais jovem, no estoque em andamento, e uma velocidade de vendas bastante menor no estoque pronto e no estoque semi-pronto, que é o que entrega no ano. A conversão dessa venda de estoque em caixa está sendo menor do que a gente projetava.”

Com isso, o diretor financeiro estimou que a construtora e incorporadora deve encerrar 2025 com uma posição de caixa no campo negativo ou próxima da neutralidade.

“Ainda é difícil dizer, ainda tem bastante incerteza, mas vai ficar aquém do que a gente achava no final do ano passado e início deste ano”, afirmou.

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Por volta das 14h, as ações da Cyrela subiam 0,95%, a R$ 25,43 cada, enquanto o índice de referência da bolsa brasileira, Ibovespa, recuava 0,45%.



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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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