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Cyrela: “tesouros ocultos” da construtora podem elevar em 30% valor da ação

15 jul 2020, 16:13 - atualizado em 15 jul 2020, 16:49
Cyrela CYRE3
Por cima: participação da Cyrela em outras empresas vale R$ 4 bilhões (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Cyrela (CYRE3) é vista por parte dos analistas como a construtora e incorporadora mais indicada para os investidores que desejam se posicionar na Bolsa, a fim de aproveitar o próximo ciclo de alta do mercado imobiliário.

Mas, para o Credit Suisse, isso não é tudo: a empresa conta com alguns “tesouros ocultos” que podem elevar bastante seu valor. Daniel Gasparete, Eduardo Costa e Vanessa Quiroga, que assinam o relatório obtido pelo Money Times, recomendam que os investidores prestem mais atenção em quatro negócios controlados ou com participação da Cyrela.

São eles: as construtoras e incorporadoras Cury e Plano&Plano, focadas na baixa renda; a Lavvi, focada em imóveis de alto padrão; e a fintech CashMe, especializada em empréstimos que usam imóveis como garantia.

Valioso

“Esses ativos ocultos, tal como acreditamos, se desbloqueados, colocariam a Cyrela como uma das ações mais baratas em nosso universo de cobertura, abrindo espaço para uma revisão de aproximadamente 30% para as ações”, afirmam os analistas.

O trio argumenta que, quando avaliada pelo método de soma das partes, o “núcleo” da Cyrela (isto é, sem as joint-ventures) é negociado atualmente a 1,4 vez Preço/Valor Patrimonial.

Os analistas reforçam que é um múltiplo muito barato, na comparação com rivais como a Eztec (EZTC3), com 2,4 vezes; Even (EVEN3), 1,8 vez; Trisul (TRIS3), 2,5 vezes; e Helbor (HBOR3), 1,7 vez.

“Acreditamos que as fatias que a Cyrela possui dessas empresas valeriam cerca de R$ 4 bilhões, ou 40% de seu atual valor de mercado”, sublinham os analistas.

Elogios

Por isso, o Credit Suisse reforçou sua recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 32 para os próximos 12 meses, representando uma alta potencial de 19% sobre o fechamento de ontem (19).

O Credit Suisse não é o primeiro banco a elogiar a companhia, nos últimos dias. Ontem, o BTG Pactual (BPAC11) afirmou que a construtora reportou impressionantes números operacionais do segundo trimestre de 2020.

Apesar da queda em razão da pandemia de covid-19, as vendas líquidas, que atingiram R$ 818 milhões, vieram 21% acima das estimativas do banco, enquanto a velocidade de venda sobre oferta (VSO) superou as projeções em 13%.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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