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Dados da Opep confirmam boom de petróleo no Brasil

12 set 2023, 12:24 - atualizado em 13 set 2023, 11:01
Opep Brasil petróleo
Opep revisou para cima a produção de combustíveis líquidos no Brasil para 2023 (Imagem: REUTERS/Leonhard Foeger)

O Brasil recebeu destaque no relatório mensal de combustíveis divulgado pela Opep na manhã desta terça-feira (12). O cartel alterou a sua expectativa para a produção de combustíveis líquidos no país ao fim de 2023, incluindo uma alta de 40 mil barris por dia (bpd).

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Caso se confirme, a projeção superará em 300 mil bpd a produção registrada em 2022, para uma média de 4 milhões de bpd. A Opep justifica a revisão “otimista” através do “forte” ritmo de produção do país registrado em julho.

O crescimento na produção de petróleo e derivados no contexto brasileiro é atribuído, em grande parte, à instalação de duas novas plataformas de exploração no pré-sal brasileiro: Campos Basin, no Espírito Santo, e Almirante Barroso, em Búzios.

Segundo o cartel, o Brasil pertence a um grupo pequeno de países não alinhados a Opep — que inclui China, EUA, Cazaquistão, Guayana e Noruega — que responderão pelo aumento global da oferta de combustíveis em 2023. Na contramão, a Opep menciona uma queda das exportações da Rússia.

Quanto aos biocombustívies, a Opep diz que a produção do Brasil permaneceu inalterada em uma média de 671 mil barris por dia, com dados preliminares sugerindo uma tendência estável em agosto.

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Para 2024, a projeção de produção de combustíveis líquidos — incluindo biocombustíveis — deverá crescer em 120 mil barris por dia (bdp), para uma média de 4,1 milhões de barris por dia.

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Opep: demanda global crescerá até o fim de 2023

O relatório referente a agosto espera um aumento da procura pela commodity em 2,4 milhões de barris por dia até o fim de 2023.

A projeção manteve-se inalterada com relação ao relatório de julho. Os dados foram divulgadas nesta terça-feira (12).

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O documento destaca um crescimento da demanda por parte de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tanto da América quanto da Europa. O cenário projetado coloca em xeque a possibilidade de uma forte recessão nas regiões, ao mostrar a resiliência das economias desenvolvidas, mesmo diante da alta dos juros.

A perspectiva mais forte nas Américas foi compensada pela queda nas perspectivas da Europa e da Ásia.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.