Dahlia Capital tem aposta ‘otimista’ em Brasil em meio a turbulência eleitoral; veja ações e setores

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Às vésperas das eleições, a sócia da gestora Dahlia Capital, Sara Delfim, conta que está mais otimista com Brasil do que com o restante do mundo e que não mantém posição em Bolsa norte-americana.

Segundo Sara, a Dahlia, que tem R$ 7 bilhões sob gestão, investe de maneira “bastante diversificada” na Bolsa brasileira, em uma postura definida por ela como “cautelosamente otimista”.

“A gente continua gostando muito do setor elétrico, que é defensivo e contra inflação, tem repasse automático de preços e com empresas muito sólidas”, disse ao Money Times.

A Eletrobras (ELET3), destacou, ainda “tem muito para entregar com uma gestão melhor, após a privatização”.

A gestora fala em cautela otimista também com os bancos, setor que ganha dinheiro com juros altos. “Se o BC demorar mais para cortar juros, essas ações nos protegem de eventuais sustos”.

Segundo ela, a Dahlia tem montado “há algum tempo” uma cesta de consumo. “A gente começou com alta renda e continua com parte desses nomes, mas já vem colocando consumo de forma geral”, contou. 

Petróleo e real

A casa tem uma posição “muito pequena” em commodities metálicas por causa, segundo Sara, da incerteza sobre a economia dos Estados Unidos. “Além disso há uma China fraca”. 

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Ela disse que em commodities a Dahlia tem uma posição relevante em petróleo, com WTI no exterior e Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e PetroRecôncavo (RECV3) no Brasil.

A tese, de acordo com a gestora, é de que o problema de oferta deve manter a cotação da commodity próxima de US$ 95, mesmo com a perspectiva de recessão global.

A Dahlia ainda aposta no real por que é a moeda de um país autossuficiente em comida, em energia e que vai continuar “muito forte em petróleo”. “A gente tem um pouco de dólar contra um cesta de moedas mais frágeis”, afirmou Sara.

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