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Datafolha: Prisão de Bolsonaro tem apoio de metade dos brasileiros e oposição de 43%; veja números

13 set 2025, 15:36 - atualizado em 13 set 2025, 15:00
Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (13) revela que 50% dos brasileiros defendem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos, enquanto 43% são contra a medida. Leia mais sobre a decisão no final desta reportagem. 

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O levantamento ouviu 2.005 eleitores entre a segunda-feira (8) e a terça-feira (9), em meio ao julgamento de Bolsonaro, em 113 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Em abril, primeira ocasião da pergunta aos participantes, 52% eram a favor da prisão do ex-presidente e 42%, contra. Já em julho, houve um empate técnico: 48% a 46%, respectivamente. A distância voltou a ser retomada na pesquisa atual.

Sobre a crença na execução da pena, em abril, 52% responderam que Bolsonaro escaparia de ser preso, contra 41%, o que ficou estável na pesquisa de julho (51% a 40%). Já na semana passada, em meio ao julgamento, 50% acreditavam que o ex-presidente iria para a cadeia, ante 40%.

Julgamento de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe e crimes correlatos, fixando a pena de 27 anos e 3 meses em regime inicialmente fechado, além de 124 dias‑multa.

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A ministra Cármen Lúcia deu o voto decisivo para caracterizar organização criminosa, enquanto o ministro Luiz Fux abriu divergência, votando pela absolvição e pedindo a nulidade do processo por entender que o STF não seria o foro competente ou que o caso deveria ir ao plenário.

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O colegiado validou a delação de Mauro Cid, que recebeu pena de dois anos em regime aberto, e a Secretaria de Comunicação do STF informou que a ata do julgamento será homologada no dia 23.

Depois disso, os ministros terão até 60 dias para formalizar votos, será publicado o acórdão e abrirá prazo de cinco dias para embargos de declaração — recurso que raramente reverte decisões — antes do trânsito em julgado e possível efetivação das ordens de prisão.

Bolsonaro, em prisão domiciliar, nega as acusações e a defesa pode ainda recorrer dentro dos prazos regimentais; se condenado por todos os crimes, a pena máxima poderia chegar a 43 anos.

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*Com informações do Estadão Conteúdo

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.