Reforma da Previdência

Davi Alcolumbre destaca importância histórica da decisão do Senado

23 out 2019, 7:01 - atualizado em 23 out 2019, 7:03
Promulgação da reforma da Previdência deve ser promulgada na primeira quinzena de novembro (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou nesta terça-feira (22) que o Senado aprovou o texto principal da maior reforma da Previdência já feita no país.

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Nesta quarta (23), às 9h, os senadores analisarão dois destaques que ficaram pendentes de votação no Plenário. Após a aprovação em segundo turno, a promulgação da reforma da Previdência (PEC 6/2019) deverá ocorrer na primeira quinzena de novembro.

— O que eu reconheço é a unidade de um Senado da República, de um Parlamento brasileiro a favor do Brasil. Essa matéria não é uma matéria fácil, porque você mexe na vida das pessoas. Mas todos os governos que tiveram uma reforma. Essa reforma é maior da história do Brasil e faço meu reconhecimento aos parlamentares, especialmente aos senadores, que reconhecem a importância para ajustar as contas nosso país. E que o país possa voltar a ter capacidade de investimento na segurança, na saúde, na educação, que é fundamental para o desenvolvimento da nossa sociedade — afirmou.

PEC Paralela

Em entrevista à imprensa após a votação da reforma da Previdência, Davi disse ainda que espera concluir a votação da PEC Paralela (PEC 137/2019), conforme entendimentos mantidos com a presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS).

— Já há entendimento na CCJ. E aí, votando na comissão, a gente traz para o Plenário. Porque a PEC Paralela surgiu da participação do Senado diretamente na inclusão dos estados e dos municípios. A gente sabe que outras categorias e outros atores foram incluídos os outros textos nessa PEC Paralela. Mas o eixo principal da PEC Paralela era a inclusão dos estados e dos municípios — afirmou.

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Pacto Federativo

O presidente do Senado defendeu a votação de matérias relacionadas ao novo Pacto Federativo, em discussão no Congresso.

— A gente conseguiu votar no Senado um tema importantíssimo, que foi o primeiro passo do Pacto Federativo. E o Estado brasileiro entendeu que essa descentralização dos recursos era fundamental para fazer um gesto com os estados e os municípios. Nós não teríamos conseguido esse acerto com o governo se não tivéssemos dado a garantia para o governo que a gente tinha consciência e o tamanho da nossa obrigação em relação a essa reforma. Ao longo dos próximos 10 anos a economia será de R$ 800 milhões — afirmou.

Davi Alcolumbre deve se reunir como o ministro Paulo Guedes para tratar do pacto federativo (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Davi também citou os temas que deverão estar na pauta do Senado após a conclusão da reforma da Previdência. Entre eles, a reforma tributária. Ele adiantou que pretende reunir-se na semana que vem com lideranças políticas e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do tema.

— É um conjunto de estratégias que são debatidas pelo Parlamento que precisam ter a conciliação com o governo, porque ninguém vota matérias importantes se não tiver o apoio do governo. A gente cria uma comissão especial de 15 deputados e senadores com o tempo específico para debater a reforma tributária da Câmara e do Senado. E conciliar com a proposta do governo e apresentar uma reforma que possa simplificar a vida dos brasileiros — afirmou.

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Óleo no Nordeste

Nesta quarta (23), Davi Alcolumbre assumirá interinamente a Presidência da República, em razão da viagem do presidente Jair Bolsonaro, que está em visita à Ásia e ao Oriente Médio.

O vice-presidente Hamilton Mourão viajará para o Peru, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, visitará a Inglaterra e a Irlanda. Davi ocupará o cargo até sexta-feira (25).

Como presidente interino, Alcolumbre visitará estados nordestinos afetados pelas manchas óleo (Imagem: Reuters/Diego Nigro)

— Será uma honra e um privilégio assumir a Presidência da República. Vou visitar o estado de Alagoas e o estado de Sergipe, que foram os mais afetados do Nordeste com o vazamento desse óleo que surgiu e que ainda não tem uma fonte de explicação concreta. Mas eu tenho certeza que todos os esforços necessários estão empregados, [há] mais de cinco mil militares ajudando a comunidade envolvida.  A gente sabe [porém] que os danos ambientais muitas das vezes são irreparáveis — concluiu.

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