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De bancos a Rumo, Fidelity busca barganhas na bolsa brasileira

18 mar 2020, 11:59 - atualizado em 18 mar 2020, 11:59
Wall Street Mercados
O fundo Fidelity Latin America registrou retorno negativo de 31% nos últimos três anos contra queda de 38% do MSCI Emerging Markets Latin America no mesmo período (Imagem: Reuters/Lucas Jackson)

A onda vendedora que fez a bolsa brasileira entrar em bear market e levou os múltiplos a níveis abaixo das médias históricas está gerando grandes oportunidades de compra, principalmente entre as ações de bancos, de acordo com Will Pruett, gestor da Fidelity.

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A turbulência global provocada pelo coronavírus chegou em um momento em que os bancos locais tentavam conter o avanço das fintechs e começavam a acelerar a oferta de crédito.

O MSCI Brazil Financials acumula baixa de 48% neste ano, enquanto o Banco do Brasil passou a negociar abaixo do valor patrimonial.

“Eles têm desafios de longo prazo em termos de disrupção das fintechs, mas os valuations se aproximam dos níveis vistos no início de 2016, quando a economia estava em queda livre”, disse Pruett, que administra cerca de US$ 500 milhões no fundo Fidelity Latin America.

“Em comparação com 2016, os bancos atualmente possuem bastante capital e risco muito menor de deterioração significativa do crédito”, disse em entrevista.

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Pruett também está de olho em varejistas, empresas de tecnologia e companhias “com modelos de negócio resilientes que se desvalorizaram junto com o resto do mercado”, como a Rumo.

O fundo Fidelity Latin America registrou retorno negativo de 31% nos últimos três anos contra queda de 38% do MSCI Emerging Markets Latin America no mesmo período.

O Ibovespa acumula baixa de 40% desde seu pico no fim de janeiro. Atualmente, o índice acionário é negociado em torno de nove vezes o lucro projetado, abaixo da média histórica de 10 anos, de 11,4 vezes.

O fato de a economia brasileira ser “relativamente fechada” deve causar uma disrupção menor pelos problemas na cadeia de suprimentos na Ásia, segundo Pruett.

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“Se o Covid-19 criar uma desaceleração global sincronizada, o Brasil cairia de uma cadeira, enquanto muitos outros mercados cairiam de um edifício”, disse.

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bloomberg@moneytimes.com.br