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Santander faz alerta para Ibovespa e muda ações da carteira; veja 15 papéis para comprar agora

29 set 2025, 16:45 - atualizado em 29 set 2025, 18:35
Sem gatilhos no curto prazo, o Santander avalia que o cenário parece mais desafiador (Imagem: Unsplash/@harshaldesai)

O Santander fez algumas alterações em seu portfólio de ações para outubro, mirando um sentimento de maior cautela dos investidores.

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Em relatório, o banco lembra que o Ibovespa (IBOV) já acumula alta de 21% em 2025. Se considerarmos o EWZ, ETF de empresas brasileiras em Nova York, a valorização é ainda maior, de 36%.

Sem gatilhos no curto prazo, o Santander avalia que o cenário parece mais desafiador.

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‘Em nossas conversas com o mercado, vários investidores locais estão reduzindo taticamente a exposição a ações e/ou migrando para setores mais defensivos, reduzindo efetivamente o beta da carteira’, aponta.

Segundo o banco, a expectativa é de que o índice brasileiro possa sofrer uma pausa no próximo mês antes de retomar o movimento de alta.

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Mas, antes disso, será preciso combinar com os estrangeiros. Na visão do Santander, o cenário global continua positivo para os mercados emergentes e para o Brasil em particular, dado seu perfil de beta alto.

‘Os investidores estrangeiros continuam investindo em ações brasileiras, com entradas totalizando R$ 18,3 bilhões nos últimos 12 meses, incluindo **R$ 3,8 bilhões somente em setembro’.

Com isso em mente, o Santander decidiu adotar uma postura um pouco mais cautelosa.

Tchau, Nubank; bem-vindo, Bradesco

Entre as mudanças, está a saída do Nubank (ROXO34). O banco digital renovou máximas históricas e dispara 31% no ano. Para o Santander, embora a tese de crescimento continue sólida, a forte alta deixou a ação menos atrativa.

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Já o Bradesco (BBDC4), mesmo tendo disparado 51% no ano, oferece uma alavancagem mais direta ao esperado ciclo de flexibilização da Selic e segue avançando em seu plano de transformação.

‘O caminho para a normalização é visível, em nossa opinião, à medida que custos de captação mais baixos, ganhos de eficiência e um ciclo de crédito melhor sustentam o retorno do ROE (retorno sobre patrimônio) gradualmente para a faixa de **15% a 17%’.

Uma elétrica por outra

No setor elétrico, o Santander promoveu a saída da Copel (CPLE6), ‘visto que a potencial venda de ações do BNDES pode sobrecarregar o desempenho no curto prazo’.

Em seu lugar, entrou a Eneva (ENEV3), que, segundo os analistas, deve se beneficiar do elevado despacho termelétrico até 2025 e continuará gerando fluxos de caixa atrativos, mesmo antes de novos projetos. A casa estima uma TIR real alavancada de cerca de 11%.

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Vale mais

Por fim, o Santander aumentou o peso da Vale (VALE3) em 2 pontos percentuais, tratando-a como um hedge natural em dólar dentro da carteira.

Para acomodar o reforço em Vale, Bradesco e Eneva, o banco reduziu a exposição em Inter (INBR32, redução de 3 pontos percentuais), C&A (CEAB3, redução de  3 pp), Rede D’Or (RDOR3, redução de 1 pp) e BTG Pactual (BPAC11, redução de 1 pp).

‘Essas reduções ocorrem após a forte alta nas ações brasileiras e a compressão do prêmio de risco, levando o banco a reduzir taticamente o beta da carteira na margem’.

Veja o portfólio;

Ticker Empresa Peso
RDOR3 Rede D’Or 8.0%
VIVT3 Telefônica Brasil 7.0%
SMFT3 SmartFit 6.0%
MELI US Mercado Libre 5.0%
SBSP3 Sabesp 5.0%
BPAC11 BTG Pactual 7.0%
BBDC4 Bradesco 9.0%
DIRR3 Direcional 4.0%
CYRE3 Cyrela 4.0%
ENEV3 Eneva 8.0%
INBR32 Inter 2.0%
CEAB3 C&A Modas 2.0%
ITUB4 Itaú Unibanco 11.0%
VALE3 Vale 11.0%
PETR3 Petrobras 9.0%
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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.