Eleições 2022

Debate da Band: Veja o confronto de Lula e Bolsonaro em três momentos cruciais

16 out 2022, 22:46 - atualizado em 16 out 2022, 23:14
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Debate quente: Lula e Bolsonaro protagonizaram diversos momentos tensos na Band (Imagem: Reprodução/ TV Bandeirantes)

O debate da Bandeirantes, neste domingo (16), entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), foi marcado por trocas de acusações de corrupção, tentativas de colar no adversário a pecha de mentiroso e poucas propostas construtivas para resolver os principais problemas do país.

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Veja, a seguir, os principais momentos do primeiro debate do segundo turno, promovido hoje pela Bandeirantes, em parceria com o UOL e a TV Cultura.

Debate: 1º round – a pandemia de Covid

Já no primeiro bloco do debate, Lula e Bolsonaro se enfrentaram em torno de um tema delicado para o atual presidente: a ação do governo federal na pandemia de coronavírus, que deixou mais de 600 mil mortos e milhões de infectados.

Neste tema, Lula foi quem partiu para o ataque, lembrando os episódios em que Bolsonaro minimizou a gravidade da pandemia, a defesa de tratamentos sem comprovação científica e a demora em comprar vacinas. O petista acrescentou que Bolsonaro não demonstrou pesar pelas vítimas e debochou dos infectados que tinham dificuldade em respirar.

Bolsonaro negou que tenha menosprezado a pandemia, afirmou que o Brasil foi um dos primeiros países a comprar vacinas e a aplicá-las na população. Afirmou que divergiu, apenas, do protocolo de seu então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e que defendeu a liberdade dos médicos de escolherem como tratar seus pacientes.

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Para sair da defensiva, Bolsonaro contra-atacou afirmando que a falta de compromisso com o bem-estar da população, durante a pandemia, estava do lado dos aliados de Lula. O presidente citou denúncias de corrupção na compra de equipamentos médicos pelo consórcio do Nordeste, um pool de Estados da região criado para dar uma resposta conjunta à pandemia.

Debate: 2º round – A corrupção na Petrobras (PETR4)

Se a pandemia, no primeiro bloco, fez com que Lula recebesse a maioria de menções positivas nas redes sociais, segundo a Quaest, o troco de Bolsonaro veio com o escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato na Petrobras.

No segundo bloco do debate, o ex-capitão afirmou que “o Petrolão foi o maior esquema de corrupção da humanidade”, e que Lula “enfiou no rabo” R$ 90 bilhões – o montante que se estima ter sido desviado da estatal pelo esquema.

A resposta mais direta de Lula à investida foi afirmar que seu governo permitiu a livre investigação do caso. “Se houve corrupção, prendeu-se quem roubou e o assunto está acabado”, disse. “E, se prendeu, é porque deixamos investigar. Não tinha sigilo de cem anos de filho, de gastos com cartão corporativo”. E arrematou: “Quero ver você explicar tanto sigilo”.

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Por fim, o petista criticou o impacto as consequências econômicas da Lava Jato, como a falência das empresas envolvidas, a paralisação de obras e a demissão de funcionários que não estavam envolvidos no esquema. Lembrou de casos semelhantes, como a da Samsung, na Coreia do Sul, e da Volkswagen, na Alemanha, em que os executivos foram punidos, mas as empresas continuaram ativas.

3º round – Economia

Em diversos momentos do debate, os candidatos passaram por temas ligados à economia, como o orçamento público e os programas assistenciais, como o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. Mas um dos momentos mais contundentes foi quando, no terceiro bloco, Bolsonaro fez a pergunta que todo o mercado quer saber: “Quem vai ser seu ministro da Economia, Lula? Fala pra gente. Ou você ainda está barganhando?”

O petista não deu uma resposta direta e preferiu citar uma lista de realizações de seu governo para mostrar que os brasileiros já conhecem o seu jeito de governar e os resultados. Citou que, quando assumiu a presidência, o Brasil era a 12ª maior economia do mundo, e chegou à sexta posição em seu governo.

Observou que o país gozava de prestígio internacional, sendo convidado para fóruns importantes, como o G8 (o grupo dos sete países mais desenvolvimentos e, naquela época, a Rússia como convidada), e o G20. Relacionou a projeção internacional do Brasil à conservação da Amazônia e elencou dados de redução da pobreza, do aumento de renda e do fortalecimento da classe média.

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“Você está falando do governo mais exitoso da história do Brasil”, afirmou Lula a Bolsonaro, em certo momento.

Bolsonaro reagiu, afirmando que pegou “o Brasil quebrado, por causa de tanta roubalheira”, em 13º lugar no ranking das maiores economias mundiais. Emendou, dizendo que foi o responsável pelo maior aumento real no salário dos professores.

Em outro momento, o presidente argumentou que, se Lula fosse, mesmo, preocupado com os mais pobres, teria aumentado o valor do Bolsa Família, “já que o país ia tão bem”.

Lula voltou ao tema, ao confrontar o adversário sobre a política do salário mínimo. “Queria saber do Bolsonaro porque há 4 anos ele não dá aumento real no salário mínimo. No meu governo demos 77% de aumento real, por isso que a economia crescia. Quando eu deixei a presidência o Brasil crescia 7,5%.”, disparou.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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