Decisão dos juros no Brasil e EUA: O que mexe com a renda fixa nesta semana?
Na semana passada, a curva de juros encerrou em alta nos vértices intermediários e longos. O destaque novamente foi para os títulos com vencimentos intermediários como os de janeiro de 2026 e 2034, com aumento na inclinação. Outro ponto que surpreendeu foi o movimento semelhante apresentado pelos títulos brasileiros em relação aos americanos.
Segundo relatório semanal do time de renda fixa da XP Investimentos, o movimento se deve pela expectativa em cima da Super Quarta. Segundo as analistas, o mercado já está refletindo possíveis mudanças nas comunicações dos bancos centrais devido aos indicadores econômicos que contrariaram as expectativas.
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No crédito privado, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana em leve queda. Segundo o relatório, na quinta-feira (14), o índice IDEX-DI fechou em 1,87% contra os 1,90% da última semana.
Quanto ao prêmio das debêntures de infraestrutura IPCA+, as analistas de renda fixa indicam manutenção da tendência de fechamento dos spreads após a queda relevante das taxas no final de fevereiro.
O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 708 milhões, R$ 736 milhões em debêntures incentivadas, R$ 135 milhões em CRIs e R$ 283 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa nesta semana?
Nesta semana, os investidores iniciam a segunda-feira (18) com o Relatório Focus, medido pelo Banco Central, antes do foco ser a Super Quarta.
Na terça-feira (19), o mercado inicia o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e o Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) divulga os dados do Monitor do PIB, referentes a janeiro.
E então, a tão aguardada Super Quarta (20), terá como o foco principal, o Copom e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidindo mais uma vez o futuro da taxa de juros.
Por aqui, o mercado esperado que a Selic seja reduzida em mais 0,50 ponto percentual (p.p.), após o Comitê afirmar, em ata, a unanimidade de corte para próximas reuniões. Já o Federal Reserve deve manter o atual patamar de juros por mais tempo.
Sobre o restante da semana, o sentimento será mais morno, com o mercado digerindo as atas e recebendo indicadores como, o Índice de Pedidos por Seguro-Desemprego dos EUA na quinta (21), e o Índice de Confiança do Consumidor do Brasil na sexta (22).
Na Europa e Ásia, a agenda conta com alguns dados como, o CPI da Zona do Euro, PPI na Alemanha, CPI e PPI no Reino Unido, e o PMI do Setor de Serviços e Industrial no Japão.
Com Vitória Pitanga
