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Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master à Fictor e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC

26 nov 2025, 8:55 - atualizado em 26 nov 2025, 8:55
Banco Master
(Imagem: Divulgação)

A defesa de Daniel Vorcaro afirma, por meio de nota, que a venda do Banco Master à Fictor e a viagem de Vorcaro a Dubai haviam sido comunicadas ao diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, em uma reunião por videoconferência em 17 de novembro, mesmo dia em que o banqueiro foi preso. Documentos que seriam da autoridade monetária foram disponibilizados pelos advogados para corroborar a versão.

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“Assim, ficam absolutamente afastadas as especulações de tentativa de fuga de Daniel Vorcaro, que, na verdade, buscava – e continuará buscando – soluções de mercado hígidas para o Conglomerado Master, com boa-fé, transparência e deferência ao regulador”, diz a nota da defesa.

Em um ofício datado desta terça-feira, 25, o chefe-adjunto do departamento de supervisão bancária (submetido à Diretoria de Fiscalização), Paulo Sérgio Neves de Souza, relata que Vorcaro tratou, na reunião, sobre a busca de uma “solução de mercado” para o Master. Segundo o texto, o banqueiro teria informado que trabalhava para alienar o grupo em três partes, para três diferentes investidores.

“Vorcaro informou ter sido essa a motivação para ter solicitado a antecipação da audiência agendada para o dia 19 de novembro de 2025, pois pretendia divulgar, até o final do dia 17 de novembro de 2025, a venda do Banco Master S.A. para um grupo de investidores nacional, e que viajaria a Dubai, nos Emirados Árabes, naquele mesmo dia, para a assinatura do contrato e anúncio da operação com o grupo de investidores estrangeiro que também passariam a integrar o novo bloco acionário da instituição”, diz o texto.

Daniel Vorcaro foi preso na noite de segunda-feira, 17, mesmo dia da reunião. Ele foi detido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentava deixar o País, rumo a Dubai, horas após o anúncio de que a Fictor e um grupo de investidores árabes estaria interessado em comprar o banco.

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Segundo o documento, o banqueiro teria informado que, na mesma tarde, iria fazer uma reunião por videoconferência com representantes do Departamento de Organização do Sistema Financeiro para informar que o contrato de intenção de compra e venda seria protocolado no BC.

“Por fim, informou que esperava assinar o contrato de alienação da Will Financeira no dia 18 de novembro de 2025, e que estava trabalhando para anunciar até o final da semana a venda do Banco Master de Investimentos”, diz.

Em outro ofício disponibilizado, o chefe do departamento de supervisão bancária, Belline Santana, diz não ter considerações ou informações a acrescentar.

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estadao.conteudo@moneytimes.com.br

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