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Demissões estão nos planos de metade das empresas dos EUA, diz PwC

19 ago 2022, 10:07 - atualizado em 19 ago 2022, 10:07
Emprego EUA
O crescimento do emprego nos EUA em julho superou as estimativas dos economistas (Imagem: REUTERS/Brian Snyder/)

Metade das empresas norte-americanas está reduzindo o número de funcionários ou têm cortes em seus planos, e 52% delas congelaram contratações.

É o que aponta uma pesquisa divulgada pela consultoria PwC que, no mês passado, entrevistou mais de 700 executivos e membros do conselho de indústrias de vários setores dos Estados Unidos.

As vagas também estão diminuindo. Mais de quatro a cada dez estão rescindindo ofertas de emprego, e uma quantidade semelhante está reduzindo ou cortando os bônus de contratação – que se tornaram comuns para atrair talentos no mercado de trabalho apertado.

Mente sã, bolso são

Os dados mostram que cerca de dois terços das empresas estão aumentando os salários ou expandindo os benefícios de saúde mental. A estratégia principal: tornar o trabalho remoto permanente para mais pessoas.

A pesquisa ilustra, por meio dos seus resultados, a natureza contraditória do mercado de trabalho atual.

Trabalhadores qualificados ainda podem largamente estabelecer suas exigências em meio à escassez de talentos mesmo que as empresas procurem deixar funcionários irem para outros lugares, principalmente em setores muito afetados como tecnologia e mercado imobiliário.

O trabalho nos EUA

O crescimento do emprego nos EUA em julho superou as estimativas dos economistas, enquanto os dados do Departamento do Trabalho, na quinta-feira (18), mostraram uma queda nos pedidos de seguro desemprego, sugerindo que a demanda por trabalhadores continua saudável.

Mas, demissões e congelamentos de contratações também estão se tornando mais comuns, e não apenas em startups de tecnologia que cresceram muito rápido. Oracle (ORCL34), Walmart (WMT) e Apple (AAPL34) estão entre os grandes empregadores que anunciaram cortes nas últimas semanas.

“As empresas estão jogando no ataque e na defesa com suas estratégias de talentos”, disse o head global de práticas de pessoal e organização da PwC, Bhushan Sethi, observando que os empregadores precisam ponderar danos à reputação da empresa e a moral da companhia perante os funcionários ao planejar demissões.

“As pessoas têm boa memória e as redes sociais desempenham um papel muito grande agora”, completou.

Trabalho remoto é uma questão

A pesquisa também encontrou contradições nas abordagens das empresas quanto ao trabalho remoto.

Enquanto 70% dos entrevistados disseram que estão expandindo permanentemente as opções de trabalho remoto para funções aptas, 61% disseram exigir que os funcionários estejam no escritório ou no local de trabalho com mais frequência.

Algumas empresas podem estar fazendo os dois ao mesmo tempo: funções que não exigem muita colaboração pessoal podem ficar remotas para sempre, enquanto outros funcionários podem ser obrigados a voltar às suas mesas algumas vezes por semana.

Setembro tende a ser o mês decisivo para muitos planos de empresas de retorno ao escritório, ainda que os prazos anteriores para voltar ao escritório tenham tido idas e vindas.

Reduzindo os escritórios (ou não)

Menos funcionários trabalhando presencialmente significa, de maneira geral, que a empresa não precisa de tantas sedes e escritórios em tantos lugares.

Cerca de um a cada cinco entrevistados disse à PwC que planeja diminuir seus investimentos em imóveis, tornando essa a área mais comum nos cortes.

Inversamente, 31% disseram que estão impulsionando o investimento imobiliário, o que mostra, novamente, os caminhos opostos que as empresas estão trilhando em um ambiente de negócios cheio de incertezas.

*Com informações da Bloomberg

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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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