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Demissões no Itaú reacendem debate sobre trabalho presencial, home office e produtividade

10 set 2025, 8:57 - atualizado em 10 set 2025, 8:57
Demissões no Itaú
Demissões no Itaú geram polêmica sobre o trabalho remoto: é possível medir produtividade com monitoramento digital? Especialistas analisam os impactos do controle excessivo na saúde e no desempenho dos colaboradores.

As recentes demissões no Itaú Unibanco, motivadas pela alegada baixa produtividade durante o home office, colocam em evidência um dos temas mais discutidos pós-pandemia: qual o equilíbrio ideal entre trabalho presencial e remoto?

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Na última segunda-feira (8), o banco dispensou centenas de funcionários que atuavam em regime remoto ou híbrido, justificando incompatibilidade entre o registro de ponto e as atividades monitoradas nas plataformas digitais.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, cerca de mil colaboradores foram demitidos, enquanto relatos em redes sociais apontam números ainda maiores. O Itaú optou por não comentar os dados.

Monitoramento digital e produtividade: limites e dificuldades

Para avaliar o desempenho dos funcionários, o banco usa softwares que acompanham o uso do computador, analisando memória consumida, número de cliques, abas abertas, tarefas lançadas e abertura de chamados.

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Especialistas ouvidos pelo Money Times alertam que esse tipo de métrica é insuficiente e pode ser uma abordagem equivocada para medir produtividade no home office.

Marcella Moura, sócia da Acerta Consultoria, destaca que indicadores como prazos cumpridos e KPIs devem ser prioridade. “Quem amplia a jornada para além do horário não necessariamente entrega mais resultados”, afirma.

Pausas e dinâmicas do trabalho remoto

Mônica Ramos, executiva sênior de RH na MRPeople Consultoria, ressalta que tanto no escritório quanto no home office existem pausas naturais — para café, conversas informais ou almoço. No ambiente remoto, momentos para se desconectar brevemente podem ser decisivos para a criatividade e eficácia.

Ramos alerta que monitoramentos excessivos podem causar estresse, ansiedade e adoecimento, comprometendo o desempenho e a saúde do colaborador.

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Gestão eficiente passa por confiança e resultados

Segundo a especialista, uma gestão sustentável deve ter metas claras, prazos definidos e avaliações baseadas na qualidade das entregas.

“Políticas flexíveis e alinhamento constante, com feedbacks regulares, são fundamentais para evitar o controle rígido e manter o engajamento”, explica.

Responsabilidade do colaborador

Moura acrescenta que o sucesso do trabalho remoto também depende da autogestão do tempo pelo funcionário, algo que nem todos conseguem exercer com facilidade.

De acordo com ela, muitos profissionais preferem o ambiente presencial justamente pela dificuldade em gerir as próprias horas de trabalho.

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Formado em Jornalismo pela PUC-SP, atua como repórter no Money Times e no Seu Dinheiro, onde também já trabalhou como analista de mídias sociais, com experiência em produção de conteúdo para diferentes plataformas digitais. Antes disso, foi repórter no site Monitor do Mercado.
otavio.rodrigues@seudinheiro.com
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Formado em Jornalismo pela PUC-SP, atua como repórter no Money Times e no Seu Dinheiro, onde também já trabalhou como analista de mídias sociais, com experiência em produção de conteúdo para diferentes plataformas digitais. Antes disso, foi repórter no site Monitor do Mercado.
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