Guerra Comercial

Dependência dos EUA das importações da União Europeia aumenta e ultrapassa a da China, aponta estudo

18 set 2025, 6:29 - atualizado em 18 set 2025, 6:24
Bandeira Eua e UE
Estudo sugere que UE poderia ter endurecido em negociação comercial com EUA (Facebook/European Commission)

Os Estados Unidos dependem mais das importações da União Europeia do que se supunha anteriormente, com o bloco superando a China tanto em valor total quanto no número de produtos, segundo um estudo do instituto econômico alemão IW (Institut der deutschen Wirtschaft).

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Essa dependência cresceu significativamente nos últimos 15 anos: o número de grupos de produtos nos quais pelo menos 50% das importações vieram da UE aumentou para mais de 3.100 no ano passado, ante pouco mais de 2.600 em 2010, segundo o IW.

Os resultados sugerem que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, poderia ter adotado uma posição mais firme nas negociações tarifárias com o governo Trump, que resultaram em uma tarifa-base de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, afirmou o instituto.

O valor total das importações desses produtos, que incluem produtos químicos, equipamentos elétricos, máquinas e aparelhos, atingiu US$ 287 bilhões, quase 2,5 vezes mais do que em 2010.

Em comparação, a China respondeu no ano passado por 2.925 desses grupos de produtos, com um valor total de US$ 247 bilhões.

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A dependência dos EUA da China diminuiu significativamente ao longo do tempo, como resultado de um claro processo de redução de riscos (“de-risking”), observou o IW.

Produtos da UE com altas participações constantes nas importações provavelmente serão difíceis de substituir no curto prazo, um fator que o bloco europeu deve ter em mente caso as tensões comerciais aumentem, afirmou o instituto.

Como último recurso, a UE poderia impor restrições à exportação de bens críticos para a economia dos EUA, sugeriu o IW.

Embora os dados comerciais por si só não revelem totalmente o quão essenciais esses bens são para os compradores norte-americanos, o estudo “pode ser usado para deixar claro aos americanos que, se continuarem a aumentar tarifas, estarão atirando no próprio pé”, disse Samina Sultan, coautora da pesquisa.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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