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Depois de BB (BBAS3) e Caixa, chegou a hora do Bradesco (BBDC4) ter seu braço de seguros listado?

12 dez 2024, 12:57 - atualizado em 12 dez 2024, 12:57
Bradesco
Ainda segundo o Itaú, um IPO do Bradesco Seguros não é necessário do ponto de vista de capital, ou seja, não é algo que o banco necessite (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

Em meio ao ambiente de mercado não tão bom e uma seca de IPOs (oferta pública de ações) de mais de três anos, o presidente do braço de seguros do Bradesco (BBDC4), Ivan Gontijo, sinalizou para a possibilidade de abrir capital da seguradora.

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Na bolsa, tanto Banco do Brasil, com a BB Seguridade, como a Caixa, com a Caixa Seguridade, possuem suas ações listadas.

Ambas as companhias são bem recomendadas pelo mercado, principalmente para investidores que querem proteção e dividendos, algo que sempre buscam em momento de stress como agora. Além disso, a alta da Selic, que pode chegar a mais de 14%, pode impulsionar os lucros.

No ano, BBSE3 sobe 7% e CXSE3 23%. Porém, Gontijo disse que um IPO não se fabrica, mas é criado pela oportunidade de mercado. “Se fizer sentido, nós estamos abertos para planejar algo mais estruturado”, afirmou.

Em relatório, o Itaú BBA não demorou para repercutir a novidade. Segundo os analistas, o IPO poderia ser relevante para as ações do Bradesco, que caem 26% no ano.

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“A notícia chega em um momento oportuno, dadas as atuais condições de mercado. Nos últimos meses, em meio ao aumento das taxas de juros e uma perspectiva macroeconômica mais fraca, as subsidiárias de seguros de grandes bancos — como BB Seguridade (Banco do Brasil) e Caixa Seguridade (Caixa Econômica) — ganharam maior interesse e crescente valorização”, disse.

Ainda segundo o Itaú, um IPO do Bradesco Seguros não é necessário do ponto de vista de capital, ou seja, não é algo que o banco necessite. Porém, a abertura poderia criar oportunidade de desbloqueio de valor.

Nos cálculos do BBA, a companhia chegaria à bolsa com avaliações mais próximas da BB Seguridade e da Caixa Seguridade do que com os das seguradoras de saúde. O preço sobre lucro seria de 9x, com a uma avaliação de aproximadamente R$ 90 bilhões com base nas expectativas de lucros de 2025.

Sem o seu braço de seguros, o Bradesco poderia ser avaliado em R$ 45 bilhões ou aproximadamente 35% do valor de mercado atual. Na visão do BBA, isso mostra o com quão poderosos os lucros e avaliações de seguros são para o banco.

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Estrutura do Bradesco Seguros

Nos cálculos do BBA, os segmentos de seguros, vida e previdência lideram com a fatia para os lucros, contribuindo com R$ 5,2 bilhões dos R$ 9 bilhões em 2024.

Os R$ 3,8 bilhões restantes são distribuídos entre outros segmentos, como saúde (R$ 1,4 bilhão), automóvel (R$ 740 milhões), capitalização (R$ 720 milhões) e imobiliário (R$ 610 milhões).

“Observamos que a empresa tem investido mais na “verticalização” de suas operações de saúde — adquirindo participações minoritárias em grupos hospitalares selecionados ou formando JVs com operadoras hospitalares bem conhecidas”, afirmou.

Em maio, o Bradesco e a Rede D’Or (RDOR3) anunciaram uma parceria para a criação de uma nova rede de hospitais, a Atlântica D’Or

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Na visão dos analistas, no futuro, o segmento de saúde pode se tornar mais representativa se esses investimentos forem bem-sucedidos.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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