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Depois dos javalis, estorninhos são candidatos a terror ‘hitchcockiano’ das lavouras

27 dez 2021, 10:54 - atualizado em 27 dez 2021, 11:57
Estorninho
Bandos de milhares de estorninhos, invasores, sobrevoam o Rio Grande do Sul e acendem alerta para a evolução para outros estados

Depois dos invasores de quatro patas, agora é a vez dos invasores de penas. Ainda em plena desvantagem no controle dos javalis, os gaúchos agora estão tendo que encarar o estorninho, nome tão incomum para os brasileiros quanto seu batismo científico, Sturnus vulgaris.

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O problema da invasão desta ave, que voa em bandos de centenas de milhares de indivíduos, conhecida no Hemifésrio Norte e terror da agricultura, é que pode muito bem reproduzir a mesma situação dos javalis descontrolados: ganhar o Brasil.

Agricultores americanos apanham para evitar maiores prejuízos causados por esses pássaros.

Como os javalis, que devoram lavouras, os estorninhos chegaram pelo Uruguai, e os ornitólogos e técnicos dos órgãos de extensão rural do Rio Grande do Sul, como a engenheira florestal Silvia Ziller, já os observam há alguns anos, com o agravante de que as ocorrências de novos bandos se espalham cada vez mais.

Invasores pelo Uruguai, os javalis se proliferam até o Centro-Oeste, mesmo com a caça liberada sob controle (Imagem: Agêncja Gazeta/Robert Robaszewski via Reuters)

Santa Catarina é o próximo alvo.

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Com mais de 21 centímeros e plumagem negra com pontos brancos, essas aves comem de tudo, de invertebrados (que atuam no controle de outros insetos nocivos à agricultura) a grãos, e competem com a fauna nativa.

Lembram até os corvos, de “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock, outra espécie comum e predatória do Norte do mundo.

O estorninho foi introduzido na Argentina e migrou para o Uruguai. E se adapta bem, sem predadores naturais.

O mesmo que ocorreu com os javalis.

Caçadores argentinos e uruguaios os introduziram, mas perderam o controle.

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E, no Brasil, já estão em quase mil regiões, segundo o Ibama, e o combate à proliferação – inclusive pelo cruzamento com o porco doméstico – não tem tido resultado tanto no manejo quanto com a caça liberada.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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