Política

Deputados divergem sobre presença do Brasil na Conferência do Clima

16 dez 2019, 14:52 - atualizado em 16 dez 2019, 14:52
Câmara
Parlamentares brasileiros presentes à Conferência do Clima, em Madri, disseram que os debates foram importantes (Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Questões importantes como a mudança nas metas de emissão de gases poluentes, para frear o aquecimento global e a regulamentação dos créditos de carbono, não tiveram decisões concretas na Cop-25. Mesmo assim, parlamentares brasileiros presentes à Conferência do Clima, em Madri, disseram que os debates foram importantes. Dez deputados estiveram na capital espanhola para o encontro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), ressaltou que essas mudanças estão acontecendo mais rapidamente do que o previsto.  Ele credita ao comprometimento com as indústrias do petróleo, gás e carvão a resistência de alguns países de reverem as propostas contra o aquecimento global. E afirma que os avanços estão se concretizando em metas locais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Projetos locais

“Enquanto os países desenvolvidos – e aí notadamente Estados Unidos, Japão, Austrália – e países florestais como o Brasil não estão fazendo a sua lição de casa, um número muito grande de pequenas nações, estados, municípios e localidades estão fazendo o seu papel”, disse.

Rodrigo Agostinho classificou a posição brasileira na COP 25 como “atrasada” e salientou que o país tem que avançar, por exemplo, nas políticas públicas sobre desmatamento.

Para o deputado Zé Vitor (PL-MG), que também participou da Conferência do Clima, o Brasil volta do encontro com a bagagem cheia de novidades e responsabilidades. Mesmo sem resultados concretos, as discussões, segundo ele, deixaram claro o que é questão ambiental e o que são interesses comerciais. O parlamentar apoiou a cobrança, feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre compensações financeiras dos países ricos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uso do etanol

“Que outro ambiente nós teríamos para tratar dessa situação? É um ambiente que nós estamos discutindo sobre proteção ambiental e a preservação, ela nos exige sacrifícios e esforços inclusive financeiros. Então eu julgo que foi oportuna a presença do ministro” observou o deputado.

Zé Vitor lembrou também que o uso do etanol como combustível e práticas de conservação do solo são parte da solução para combater as mudanças climáticas. A próxima reunião da COP vai ser no final de 2020, em Glasgow, na Escócia.

Compartilhar

agencia.camara@moneytimes.com.br