Derrubada do IOF: Veja como a decisão ajuda quem vai viajar para o exterior

Brasileiros que vão viajar para o exterior nas férias de julho escaparam por pouco de um imposto extra. A derrubada da Medida Provisória que aumentaria o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) trouxe alívio imediato para quem precisa comprar moeda estrangeira ou enviar dinheiro para fora do país.
O decreto, revogado na última quarta-feira (25), elevava a alíquota do IOF sobre a compra de moedas como dólar e euro para 3,50%. Com a decisão, as remessas de recursos para contas no exterior seguem com a alíquota de 1,10%.
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Também foram mantidas as alíquotas aplicadas a cartões de crédito, débito, pré-pagos internacionais e cheques de viagem usados em despesas pessoais. Como a medida foi cancelada, as regras anteriores seguem valendo automaticamente.
Para Alex Hoffmann, CEO e cofundador da PagBrasil, a reversão do aumento do IOF tem efeito imediato no bolso de quem pretende viajar.
“Durante as férias de julho, quando a demanda por viagens e consumo internacional aumenta, a reversão do aumento do IOF gera impacto direto para o consumidor brasileiro”, afirma.
Segundo ele, a decisão reacende o interesse por alternativas mais vantajosas no câmbio.
“Com a redução da alíquota, o custo total das operações em moeda estrangeira se torna mais atrativo, e o consumidor passa a considerar com mais atenção os meios de pagamento que oferecem o melhor custo-benefício, combinando economia, previsibilidade e praticidade”, explicou o executivo.
Entre as opções disponíveis, o cartão de crédito segue como a mais prática, mas também a mais cara. Com IOF de 3,38% e spreads que variam de 5% a 7%, o valor final da compra só é conhecido no fechamento da fatura. “Essa imprevisibilidade pode gerar surpresas desagradáveis ao final da viagem”, afirma Hoffmann.
As contas globais com cartão de débito internacional aparecem como uma alternativa mais econômica. Operam com IOF de 1,1% e spreads mais baixos, além de permitirem ao consumidor conhecer o câmbio no momento da carga.
Em contrapartida, exigem planejamento e, caso haja necessidade de converter o saldo de volta para reais, há nova incidência de IOF e spread, além de possíveis tarifas extras.
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O dinheiro em espécie, que também tem IOF de 1,1%, continua sendo útil para pequenos gastos, gorjetas ou situações em que o pagamento digital não é aceito. No entanto, segundo Hoffmann, é uma opção menos segura e com custos ocultos.
“O spread costuma ser tão alto quanto o do cartão de crédito, e há ainda o risco físico de perda, roubo ou extravio”, alerta.
Na prática, a escolha mais vantajosa depende do perfil do viajante, mas Hoffmann recomenda atenção especial ao custo total da transação, incluindo o IOF, o spread e o momento da conversão.
“É fundamental também monitorar as transações e evitar deixar saldos ociosos em moeda estrangeira ao final da viagem”, conclui.