Desaceleração chinesa impulsiona pessimismo na semana; Wall Street em queda
Por Investing.com – A China novamente deu o pontapé inicial da semana, desta vez com a divulgação dos dados referentes à atividade econômica em 2018. O país asiático cresceu 6,6% no ano passado, o menor crescimento em 28 anos, confirmando a desaceleração econômica do país. A expectativa para este ano é expansão de 6%.
Os dados chineses fortaleceram o pessimismo dos investidores com o crescimento econômico mundial em 2019. A perspectiva bearish foi corroborada com a revisão do crescimento do PIB mundial do FMI deste ano, de 3,7% para 3,5%.
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Soma-se ao quadro de pessimismo a possibilidade de um desfecho negativo em relação às negociações comerciais entre EUA e China, que se encerra em 1º de março, data estipulada pelo presidente americano Donald Trump. O jornal britânico Financial Times informou na terça-feira que os EUA rejeitariam as propostas chinesas, o que levaria a uma taxação entre 10% e 25% de produtos do país asiático, prejudicando a cadeia global de valor, especialmente do setor de tecnologia. A Casa Branca, logo em seguida, desmentiu o jornal britânico. Na quinta-feira, o Secretário de Comércio americano afirmou, no entanto, que um entendimento entre os dois países ainda estava distante, mas acreditava no acordo.
O resultado é a perda semanal dos mercados acionários de Wall Street até quinta-feira (24), semana em que não houve negociação na segunda-feira em virtude do feriado de Martin Luther King nos EUA. O índice Dow Jones perdia 0,62%, enquanto S&P 500 caía 1,06% e a Nasdaq descia 1,17%. Os pregões americanos não estão em um maior bearish por causa da sinalização do Fed ser paciente em novas elevações da taxa de juros.
A desaceleração chinesa e a perspectiva de crescimento menor em 2019 também impactaram o mercado de petróleo, que tiveram uma semana bearish também pelo elevado estoque de petróleo bruto nos EUA. A crise na Venezuela acabou diminuindo a pressão baixista do petróleo, levando ao encerramento com uma perda pequena – 0,08% a US$ 61,09 – em Londres e alta de 1% a US$ 53,15 em Nova York.
Por fim, a semana teve mais uma decisão de política monetária, desta vez do Banco Central Europeu (BCE). A autoridade monetária da zona do Euro não alterou sua política monetária, como era esperada, mas não descartando elevação da taxa de juros ao longo de 2019.
Última atualização por Vitória Fernandes - 24/01/2019 - 20:24