Internacional

Desaceleração na China? Economistas asiáticos revelam análises sobre PIB

21 jan 2019, 15:53 - atualizado em 21 jan 2019, 15:53

Diante da maior desaceleração anual vista na economia chinesa em 28 anos, economistas de diversas instituições financeiras apresentaram seus pareceres, conforme veiculado na CNBC.

Para Larry Hu, economista do Macquaire Capital em Hong Kong, “existem três pontos principais na economia chinesa: infraestrutura, propriedades e exportações”. Destes, a infraestrutura mostra recuperação, mas os outros dois desaceleram. “Esperamos uma escalada nos estímulos em infraestrutura e propriedade no segundo semestre”, completou.

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Por sua vez, Masaaki Kanno, economista-chefe da Financial Holdings em Tokyo, acredita que a desaceleração já era prevista, e que os investidores esperam por estímulos estatais para a economia. “Ainda acreditamos que a economia chinesa pode sair do fundo do poço no meio do ano”, completou.

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Julian Evans-Pritchard, economista-sênior da Capital Economics para China, acredita que o nível de expansão do produto veio em parte melhor do que todos esperavam. Conforme o economista, “a economia chinesa provavelmente sofrerá novo enfraquecimento antes da estabilização do crescimento no segundo semestre deste ano, na esteira dos estímulos econômicos”.

Demanda doméstica em foco

“2019 será um ano de história mais doméstica, especialmente no lado dos investiemntos”. A afirmação é de Raymond Yeung, economista-chefe da Greater China na Austrália e na Nova Zelândia, e exacerba o foco no âmbito interno. “Preços aos produtores em queda e novas solicitações de exportações apontam para desaceleração no momentum de crescimento da China”, aponta.

Em linha, Toru Nishihama, economista-chefe da Dai-Ichi Life Research Institute em Tóquio, ressalta que “o foco agora será como a demanda doméstica poderá compensar o quadro de piora na demanda externa”. Neste sentido, a atenção dos investidores se voltará para ver como as medidas do governo, como subsídios e investimentos, poderão prover suporte à demanda doméstica.

Já Ravjiv Biswas, economista-chefe de Apac (Ásia-Pacífico) da IHS Markit em Cingapura, projeta crescimento de 6,3% no PIB (Produto Interno Bruto) do país asiático em 2019. “Isso deverá dar suporte a estabilidade do iuane”, declarou, ressaltando ainda que a estabilidade da divisa estrá fortemente atrelada à resolução na guerra comercial com os EUA.

Redução de compulsório, desaceleração nas exportações

Para a Moody’s Analytics, a dívida corporativa está bem alta no país asiático. “A questão não é como o governo terá disponibilidade de de prover estímulos, mas realmente qual será a efetividade dos mesmos”, completou Steve Cochrane, economista-chefe de Apac. “Eles podem reduzir os depósitos compulsórios dos bancos mais uma vez”.

Hunter Chan, economista do Standard Chartered para a China, acredita que haverá mais estímulos do lado fiscal em 2019. “O mercado de trabalho doméstico permanece estável, o que deverá dar suporte para avanços na demanda doméstica e e no consumo”, apontou Chan.

Por último, Shane Oliver, economista-chefe da AMP Capital em Sydney, acredita que o primeiro trimestre deste ano deverá apresentar desaceleração nas exportações. “Embora não sejam números tão ruins no total, ainda existe algumas controvérsias em relação a quão confiável são esses números”, conclui.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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