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Desconto generoso: XP recomenda fundo imobiliário com potencial de valorização de quase 9%

19 maio 2025, 15:55 - atualizado em 19 maio 2025, 15:55
fundo imobiliário - carteira recomendada dividendos
XP recomenda fundo imobiliário com potencial de valorização de quase 9% (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O fundo imobiliário Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) está no radar dos analistas da XP Investimentos, que reiteraram a recomendação de compra ao constatar que a cota, hoje a R$ 85,00, está sendo negociada com desconto de 7,8% em relação ao valor patrimonial.

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A corretora estabeleceu preço-alvo de R$ 92,21 para o FII, o que representa um potencial de valorização de 8,5%, além de um dividend yield anualizado de 12,7%. A análise da casa se apoia em três pilares:

  • Qualidade do portfólio;
  • Histórico consistente da gestão;
  • Patamar atrativo de preço e rendimento.

Portfólio do MCCI11

Atualmente, cerca de 84% do patrimônio líquido do MCCI11 está alocado em 31 operações de CRIs, predominantemente de menor risco, segundo a XP, tendo como principais devedores outros fundos imobiliários e empresas patrimonialistas.

Já os 16% restantes do portfólio estão distribuídos entre cotas de FIIs (9%), caixa (4%) e alocação tática (3%).

As maiores exposições estão nos segmentos logístico (42%), comercial (24%) e varejo essencial (20%), com concentração geográfica em São Paulo (66%).

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Além disso, aproximadamente 98% da carteira do MCCI11 está atrelada a CRIs indexados à inflação, com taxa média de IPCA +9% ao ano, sendo que 100% das operações estão adimplentes — o que, na visão da XP, reforça a qualidade do portfólio.

Dividendos à vista

Com esse pano de fundo, a expectativa de renda para os cotistas segue robusta. A projeção é de distribuições entre R$ 0,80 e R$ 0,90 por cota até junho de 2025 — patamares que, para os analistas da casa, são factíveis, especialmente diante da inflação ainda elevada neste início de ano.

A revisão do guidance de dividendos também foi influenciada positivamente pela realocação de capital em operações com taxas superiores à média da carteira e pelo recebimento de multas de pré-pagamento em CRIs.

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Nem tudo são flores: Juros elevados exigem cautela

Apesar do cenário positivo, a XP chama atenção para a necessidade de monitorar a carteira caso os juros permaneçam elevados por muito tempo — o que poderia pressionar a saúde de crédito de alguns emissores.

Nesta segunda-feira (19), o Boletim Focus, do Banco Central, mostrou que os agentes de mercado mantiveram a estimativa de que a taxa Selic termine 2025 no nível atual, de 14,75% ao ano.

Para os anos seguintes, as projeções são de 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028.

Também nesta segunda (19), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) está preparado para manter os juros em patamares elevados por um período prolongado.

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Segundo ele, as expectativas de inflação desancoradas e o cenário econômico atual exigem do BC cautela.

Por ora, no entanto, a XP enxerga o MCCI11 como uma oportunidade para quem busca combinar proteção contra a inflação com renda recorrente — aproveitando o desconto atual na vitrine.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.