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Destaques de 2021, commodities vão manter protagonismo em 2022?

31 dez 2021, 16:11 - atualizado em 30 dez 2021, 16:30
Agronegócio
O setor de agronegócio foi o grande campeão da Bolsa em 2021, com retorno acumulado de quase 40% no ano (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Apesar do movimento de correção de preços no segundo semestre, as commodities foram de longe o destaque de 2021, na avaliação do Inter Research.

Diferente do cenário atual, as taxas de juros estavam em patamares muito baixos no início do ano. Isso, somado à injeção de recursos nas economias do mundo, fez com que a demanda global crescesse de forma acelerada, impulsionando os preços das commodities em “velocidade surpreendente”.

Como o Brasil é um grande produtor mundial de matéria-prima, as ações das empresas brasileiras aproveitaram o aumento dos preços. Segundo o Inter, cada segmento teve seu momento de destaque.

No entanto, uma indústria foi a grande campeã do ano. Com retorno acumulado de quase 40%, o setor de agronegócio prosperou ao longo de 2021, beneficiado por uma combinação de boa safra e maior demanda em todos os continentes.

Commodities vão repetir a dose em 2022?

De acordo com o Inter, a economia deve se reajustar e reduzir a pressão do lado da demanda, que, somado à normalização da oferta, levará a um processo de acomodação das commodities, com os preços se mostrando mais estáveis, mas ainda em patamares elevados ao longo do próximo ano.

“Apesar de uma expectativa de inflação ainda alta em 2022, o maior impacto da forte subida das cotações das commodities já pode ter passado, e a acomodação recente indica que as variações de preços na ponta, ao consumidor, tendem a reduzir”, afirma a instituição.

Klabin
Fique de olho: empresas de papel e celulose terão sua vez sob os holofotes (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Portanto, 2022 pode ser mais um ano das commodities. O agronegócio deve continuar em destaque, sob expectativa de safra recorde e boas condições de demanda no mercado internacional. Porém, empresas de papel e celulose também terão sua vez sob os holofotes.

O Inter acredita que o setor ganhará impulso com a recuperação dos preços da celulose e uma demanda aquecida tanto no exterior quanto no mercado doméstico.

Para a indústria siderúrgica, a expectativa dos analistas é positiva, com as empresas provavelmente mantendo os bons resultados de 2021.

Em relação a óleo e gás, o petróleo, que caiu aproximadamente 20% do pico, deve se manter volátil, na sombra da pandemia. Na opinião do Inter, o aumento da oferta no setor ainda deve ser gradual.

Ações para o próximo ano

O Inter separou algumas ações de commodities que recomenda como opção de investimento para 2022.

Entre os frigoríficos, o destaque fica para a JBS (JBSS3), uma empresa com operações variadas e diversificação geográfica.

Em papel e celulose, Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) estão bem posicionadas para se beneficiar do ambiente de preços mais elevados de celulose e da boa demanda no segmento de embalagens.

Em siderurgia e mineração, Gerdau (GGBR4) e Vale (VALE3) são as principais indicações dos analistas.

Para quem quer investir em mais de um ativo, os ETFs (Exchange-Traded Funds, também conhecidos como fundos de índices) aparecem como uma alternativa interessante.

Na B3 (B3SA3), há o ETF BTG Pactual Teva Ações Commodities Brasil Fundo de Índice (CMDB11), que reúne 29 empresas brasileiras de commodities responsáveis por 97% das exportações do setor.

Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, afirma que ter um índice baseado em empresas produtoras e exportadoras de commodities é “uma forma inovadora de olhar um setor tão relevante da economia brasileira”.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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