Destaques da Bolsa

Engie (EGIE3) salta mais de 12% e Brava Energia (BRAV3) é a ação com pior desempenho; veja os destaques do Ibovespa na semana

28 jun 2025, 9:54 - atualizado em 27 jun 2025, 18:44
Day Trade, Investimentos, Mercados, Empresas
O Ibovespa encerrou a semana em leve queda; acordos tarifários dos EUA e IOF no Brasil movimentaram os mercados nos últimos dias (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Na última semana de junho, as discussões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) concentraram as atenções dos investidores, elevando a aversão a risco de olho no cenário fiscal doméstico e pressionando o Ibovespa (IBOV). 

O principal índice da bolsa brasileira acumulou queda de 0,18% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (27) no nível dos 136 mil pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,4829 e recuou 0,76% ante o real na semana.

No cenário doméstico, O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Congresso Nacional que derrubou decreto presidencial que aumentava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os parlamentares revogaram a medida na última quarta-feira (25).

A mudança nas alíquotas do IOF é considerada pelo governo como um dos “remédios” para equilibrar as contas públicas.

O mercado também repercutiu a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

No documento, os diretores do Banco Central (BC) ressaltaram que o ciclo de aperto monetário foi “particularmente rápido e bastante firme”, reforçando que os impactos da taxa mais contracionista estão por vir, e sinalizou o fim do ciclo de altas na taxa SelicNa semana passada, o Comitê elevou a taxa de juros para 15% ao ano.

O BC atualizou as projeções macroeconômicas para este ano. Entre elas, a elevação da estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% para 2,1% neste ano, segundo o Relatório de Política Monetária (RPM).

Entre os dados econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em junho — abaixo do esperado e mostrou uma desaceleração frente a maio, quando o IPCA-15 subiu 0,36%.

Já a taxa de desemprego no Brasil caiu a 6,2% no trimestre encerrado em maio, no menor nível desde o final do ano passado. No mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego foi de 7,1%.

O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Reuters, de 6,4%. O número de carteiras assinadas bateu recorde no período.

Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por  Engie (EGIE3), com visão positiva do Citi para a companhia. O banco avalia que os sinais de alívio nos cortes de geração de energia renovável melhoram a situação para os geradores com a Engie.

Ontem (26), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou que aumentará a capacidade de exportação de energia do Nordeste em 1,5 gigawatts (GW), sendo 900 megawatts (MW) diretamente para o Sudeste e 600 MW para o Norte, a partir deste sábado (28).

As ações da RD Saúde (RADL3) também se destacaram entre as maiores altas em movimento de recuperação. Os papéis da rede de farmácias, porém, acumulam queda de 31,5% no ano.

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 23 e 27 de junho: 

CÓDIGO NOME VARIAÇÃO SEMANAL
EGIE3 Engie ON 12,43%
RADL3 RD Saúde ON 7,07%
VALE3 Vale ON 6,17%
LREN3 Lojas Renner ON 5,39%
MGLU3 Magazine Luiza ON 5,08%
IGTI11 Iguatemi ON 5,02%
MULT3 Multiplan ON 4,60%
POMO4 Marcopolo PN 4,23%
B3SA3 B3 ON 4,13%
BRAP4 Bradespar PN 3,58%
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Já a ponta negativa foi liderada por Brava Energia (BRAV3). A companhia acompanhou o tombo do petróleo no mercado internacional com o cessar-fogo entre Israel e Irã firmado na última segunda-feira (23).

Na semana, o contrato mais líquido do Brent, com vencimento em setembro, acumulou queda de 13%.

Veja as maiores quedas na semana:

CÓDIGO NOME VARIAÇÃO SEMANAL
BRAV3 Brava Energia ON -15,35%
SMTO3 São Martinho -9,38%
RECV3 PetroReconcavo ON -9,25%
BRKM5 Braskem PN -9,05%
VAMO3 Vamos ON -7,81%
CSAN3 Cosan ON -7,42%
IRBR3 IRB Re ON -6,42%
RENT3 Localiza ON -6,26%
PETR3 Petrobras ON -5,88%
USIM5 Usiminas PNA -5,68%

Exterior

No exterior, o cessar-fogo entre Israel e Irã reduziu a aversão a risco dos investidores globais.

Com o alívio das tensões no Oriente Médio, o impacto das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltaram ao centro das atenções dos investidores. A pausa temporária nas taxas recíprocas expira em 9 de julho.

Na última sexta-feira (27), Trump afirmou que o prazo final para as negociações “não é uma data fixa”.

O chefe da Casa Branca também anunciou novos acordos comerciais com a China e interrompeu as negociações tarifárias com o Canadá.

Apesar dos avanço das negociações, o cenário fiscal dos Estados Unidos retornou ao radar dos investidores na reta final da semana. Segundo o Politico, os republicanos do Senado estão planejando fazer uma votação inicial neste final de semana para aprovar o pacote orçamentário de Donald Trump, chamada por ele de “Beautiful Bill”.

A matéria foi aprovada pela Câmara dos Representantes em maio e deve elevar o déficit dos EUA para 7,8% do PIB do país na próxima década.

Já entre os dados, o Índice de Preços ao Consumidor (PCE, na sigla em inglês), que é a referência inflacionária do Federal Reserve (Fed), subiu 0,1% em maio na base anual.

) No acumulado de 12 meses, a inflação acumula alta de 2,3% — acima da expectativa do mercado e da meta de 2% perseguida pelo Banco Central norte-americano.

O dado reforçou as expectativas de corte nos juros ainda neste ano, com alguns agentes financeiros já apostando em uma eventual redução na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece em julho.

Setembro, porém, segue como a aposta majoritária do mercado, com mais de 90% de chance de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

As movimentações levaram os índices de Wall Street às máximas históricas. No último pregão da semana, S&P 500 e Nasdaq renovam recordes. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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