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Deutsche Bank revisa regra de trabalho remoto para cortar custos

25 set 2020, 13:15 - atualizado em 25 set 2020, 13:15
Deutsche Bank Bancos
O Deutsche Bank se une a bancos como Mizuho Financial e Fifth Third Bancorp que também têm cortado custos com escritórios (Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

O Deutsche Bank conduz uma revisão das políticas de trabalho remoto com o objetivo de reduzir permanentemente o espaço de escritórios, e entra para a lista de bancos que usam lições aprendidas com a pandemia para cortar custos.

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A liderança do banco trabalha em um novo “modelo híbrido” de como a equipe pode dividir o trabalho entre o escritório e residência, disse o CEO Christian Sewing em conferência na quinta-feira.

As novas políticas permitirão que os funcionários tenham acordos vinculantes sobre quantos dias por semana desejam trabalhar fora do escritório, disse uma pessoa a par do assunto. O banco elaborou estimativas sobre a proporção de funcionários que trabalharão em casa, de acordo com a pessoa, que pediu para não ser identificada.

O Deutsche Bank se une a bancos como Mizuho Financial e Fifth Third Bancorp que também têm cortado custos com escritórios depois que a pandemia de coronavírus levou a um grande número de funcionários a trabalharem remotamente.

Executivos do alto escalão têm dito repetidamente que ficaram positivamente surpresos com o baixo impacto da mudança na produtividade, uma avaliação que nem todas firmas de Wall Street compartilham.

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, alertou que a produtividade da equipe deve cair se o trabalho remoto se estender por muito tempo, enquanto Larry Fink, da BlackRock, e Sergio Ermotti, do UBS, alertaram que trabalhar em casa dificulta a manutenção da cultura corporativa.

O Deutsche Bank gastou 1,7 bilhão de euros (US$ 2 bilhões) em aluguel e móveis no ano passado, um valor que esperava permanecesse estável antes da pandemia. Após a experiência do primeiro semestre, o diretor financeiro do banco, James von Moltke, agora vê espaço para reduzir esses custos.

No começo da semana, o Deutsche Bank deu um passo nessa direção ao liberar dois dos cinco andares que aluga em um dos edifícios de escritórios mais caros de Zurique. Um porta-voz citou a expectativa de que mais pessoas trabalharão em casa como um dos motivos para a decisão.

O Deutsche Bank também mudará os escritórios de Nova York no próximo ano para reduzir o espaço usado em quase 30%. O banco cortou a força de trabalho nos Estados Unidos em cerca de 20% nos últimos dois anos. A DWS Group, unidade de gestão de ativos do banco, se mudou recentemente para um escritório mais barato em Londres.

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bloomberg@moneytimes.com.br