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Dexxos (DEXP3): Em início de cobertura, BTG indica comprar ação, que pode subir 34%

19 abr 2022, 13:07 - atualizado em 19 abr 2022, 13:07
Tubos de aço, indústria
No segmento de aço, o BTG enxerga boas oportunidades de crescimento orgânico para a Dexxos (Imagem: Unsplash/Christophe Dion)

O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura das ações da Dexxos (DEXP3), ex-GPC Participações, com recomendação de compra e preço-alvo estimado para os próximos 12 meses de R$ 10. O valor implica potencial de valorização de 34% em relação ao último fechamento.

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Na avaliação dos analistas do banco, dá para ficar otimista com a empresa, que combina dois segmentos (químico e de aço) que atualmente oferecem boas oportunidades.

A visão positiva do BTG tem como base as fortes expectativas de crescimento de volume, além de um panorama competitivo favorável e boas chances de consolidação no mercado. Todos esses fatores, combinados com um balanço patrimonial enxuto, dá espaço para geração de resultados mais robustos no longo prazo, avalia a instituição.

“Não só os resultados dos próximos trimestres vão refletir o ramp-up dos investimentos recentes em capacidade de produção e um ambiente de precificação favorável, como um balanço saudável deve permitir à administração sonhar mais alto, potencialmente desenterrando oportunidades inorgânicas em uma indústria fragmentada”, afirmam Pedro Soares e Thiago Duarte, em relatório divulgado nesta terça-feira (19).

Resiliência

A Dexxos tem a seu favor o fato de estar exposta a um setor considerado resiliente em momentos de volatilidade como o que o Brasil e o mundo estão vivendo agora.

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Apesar de não ser imune às grandes flutuações de custos de matéria-prima, a exposição da companhia a uma parte mais especializada da cadeia, de resinas de painéis de madeira, potencializa sua capacidade de repasse de preços, aumentando a visibilidade de ganhos no curto prazo em cenários macro mais difíceis, afirma o BTG.

Com isso, o banco prevê que as margens da Dexxos continuarão saudáveis. Para os analistas, uma desaceleração nas vendas devido a uma potencial queda do setor de construção parece improvável de acontecer.

“Painéis de madeira costumam ser vendidos nos últimos estágios da construção de uma propriedade”, lembram Soares e Duarte.

Além disso, o time de análise espera que os lançamentos de imóveis permaneçam em níveis saudáveis em 2022, levando a um forte consumo das resinas da Dexxos.

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No segmento de aço, o BTG enxerga boas oportunidades de crescimento orgânico para a Dexxos, especialmente em downstream de aço.

“Com o Brent esperado para permanecer elevado por mais tempo, a Dexxos é um dos poucos players posicionados para capturar o déficit de infraestrutura e os requisitos de bens de capital do que chamamos de ‘corrida do petróleo‘ do Brasil, mitigando potenciais ciclos de baixa em seus outros segmentos”, comentam Soares e Duarte.

Pechincha

Outro fator que explica a recomendação de compra do BTG para a ação é o valuation “excessivamente descontado”.

De acordo com Soares e Duarte, o preço atual com que os papéis da Dexxos são negociados parece levar em consideração muito risco de execução para uma companhia em uma nova fase.

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“Com alavancagem sob controle e margens de curto prazo perto de estabilizarem  a um novo nível, o risco-retorno pende para o upside (potencial de alta)”, avaliam os analistas.

Mesmo com os riscos da tese, como a valorização da moeda local e a exposição à construção, um setor altamente afetado pela elevação das taxas de juros, o BTG acredita que a ação está atrativa. O banco também vê os riscos mais que precificados.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.