Comércio

Dia dos Pais: 105 milhões de brasileiros devem ir às compras, apontam CNDL e SPC Brasil

02 ago 2019, 17:28 - atualizado em 02 ago 2019, 17:28
Dados indicam uma maior popularização do Dia dos Pais, que não costuma injetar no mercado cifras tão expressivas quanto o Dia das Mães (Imagem: Pexels)

Apesar da lenta recuperação do atual cenário econômico, os comerciantes têm motivos para comemorar: 67% dos consumidores pretendem ir às compras no Dia dos Pais, um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2018. Em média, os compradores gastarão R$ 190, gerando um movimento de cerca de 20 bilhões de reais no comércio.

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Esses dados fazem parte do levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que ouviu 1.148 consumidores de ambos os sexos nas 27 capitais.

Além dos bons números em relação à quantidade de pessoas que pretendem ir às compras, o valor que os entrevistados desejam gastar também subiu: R$ 189,98, R$ 41 a mais do que em 2018.

Os dados também indicam uma maior popularização do Dia dos Pais, que não costuma injetar no mercado cifras tão expressivas quanto o Dia das Mães, o Dia dos Namorados e o Natal.

Porém, isso não significa que todos os entrevistados pretendem investir mais na compra do presente: a maior parte (43%) deve comprar apenas um presente.

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Ademais, apenas 26% devem gastar mais para agradar o pai. Destes, 43% querem adquirir presentes melhores e 28% aproveitar o aumento do seu salário.

No entanto, a maior parcela da população (38%) planeja gastar o mesmo valor do ano anterior. Enquanto isso, 21% querem gastar menos – 37% com o objetivo de economizar, 31% motivados pelo orçamento apertado e 20% pelo desemprego.

O fato de já terem perdido o pai foi o motivo apontado por metade dos 23% que não têm intenção de usar a data como justificativa para presentear. Já 16% não têm contato com o pai e outros 10% não pretendem comprar presentes por falta de dinheiro.

Presentes mais caros

Mais da metade (53%) dos entrevistados acha que os presentes estão mais caros do que no ano anterior. Por outro lado, 42% acreditam que estão na mesma faixa de preços e apenas 5% que os produtos estão mais baratos.

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“A sensação de que os presentes estão mais caros tem relação com as dificuldades que o consumidor tem enfrentado para manter seu orçamento em dia. Com a economia em marcha lenta, o desemprego se mantém elevado e o poder de compra segue em baixa, o que exige das famílias um malabarismo para conseguir cumprir com todos os compromissos financeiros”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Como forma de baratear os preços, 14% dos entrevistados pretendem dividir o presente com outra pessoa, motivados principalmente pela redução de gastos (36%), pela vontade de dar um presente melhor e mais caro (17%) e pelo desemprego (16%). Desses, 37% pretendem dividir o valor do presente com irmãos, 31% com a mãe e 22% com o cônjuge. A maioria (80%), no entanto, ainda prefere arcar sozinha com os gastos.

Itens de vestuário lideram o ranking de presentes

Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%), seguidas de perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%) e acessórios (26%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.

Além disso, metade dos entrevistados (51%) disse que pretende comprar o presente de Dia dos Pais na primeira semana de agosto (principalmente as mulheres), enquanto 13% provavelmente acabarão deixando para a véspera.

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Local de compra

Os principais fatores que influenciam os consumidores na escolha do local de compra são o preço (52%), a qualidade dos produtos (40%), os descontos e promoções (40%) e a diversidade de produtos (29%).

Quatro em cada dez consumidores (38%) pretendem realizar suas compras nos shoppings. Enquanto isso, 27% planejam adquirir os produtos na internet, 19% em shoppings populares e 17% em lojas de bairro.

Gastos excessivos

A pesquisa também apontou que 20% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 8% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra, sobretudo entre as classes C, D e E. Além disso, três em cada dez (33%) dos que pretendem presentear estão atualmente com contas atrasadas, sendo que 68% deles estão com o nome sujo.

“Para os que estão com pendências financeiras, o certo é ajustar o orçamento pessoal e deixar o presente para outra ocasião, quando as despesas estiverem equacionadas. Não há nada de errado em demonstrar afeto por meio de um presente, mas é importante lembrar que essa não é a única forma de agradecer. Passar o dia na companhia do pai ou oferecer ajuda em projetos pessoais, por exemplo, também são formas de reconhecer e apreciar o valor de alguém em nossas vidas”, indica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

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Metodologia

A pesquisa ouviu, em um primeiro levantamento, 1.148 consumidores de ambos os sexos, todas as classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes para o Dia dos Pais. Em seguida, continuaram a responder o questionário os 805 consumidores que tinham intenção de compra.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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