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Dia vermelho para Itaú (ITUB4)? ADRs em NY despencam e ligam alerta para resultados

07 fev 2023, 20:56 - atualizado em 07 fev 2023, 21:13
Itaú
Mesmo sem citar nominalmente a Americanas, o banco disse que reforçou em 100% a provisão para créditos de liquidação duvidosa (Imagem: REUTERS/Rodrigo Garrido)

As ADRs (recibos de depósitos) do Itaú (ITUB4) afundaram na Bolsa de Nova York, fechando em queda de 4%, e acendendo o sinal amarelo para a sessão do Ibovespa da próxima quarta-feira (8).

Nesta terça, o banco informou lucro de R$ 7,66 bilhões, alta de 7%, mas abaixo dos R$ 8,2 bilhões esperados pelo consenso reunido pela Bloomberg.

Mesmo sem citar nominalmente a Americanas (AMER3), o banco disse que reforçou em 100% a provisão para créditos de liquidação duvidosa, gerando um impacto de R$ 719 milhões no resultado recorrente gerencial.

Sem esse efeito, o resultado recorrente teria atingido R$ 8,4 bilhões e o retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido seria de 21% no quarto trimestre.

Ao todo, a Americanas possui uma dívida de R$ 2,7 bilhões com o Itaú, que era apontado com um dos menos impactados pelo rombo da varejista.

Na semana passada, o Santander (SANB11) havia divulgado lucro abaixo da projeção de analistas pelo mesmo motivo.

João Abdouni, analista da Skopos Investimentos, destaca que o índice de cobertura do Itaú caiu, ou seja, o banco está lucrando e provisionando menos, o que abre um sinal de alerta. No ano passado, o índice era de 241% e agora está em 212%.

“Embora tenha sido um bom resultado, um resultado abaixo do esperado”, discorre.

Projeções do Itaú

Além dos resultados, o Itaú divulgou o guidance (projeções) para 2023, com expectativa de crescimento de 6% a 9% da carteira de financiamentos, de 13,5% a 16,5% da margem financeira com clientes, e de 7,5% a 10,5% das receitas com tarifas e serviços.

Em relatório a clientes e obtido pela Reuters, a equipe do Citi liderada por Rafael Frade disse que, diante da piora das expectativas dos investidores nas últimas semanas para o setor bancário desde o caso Americanas, vê “o guidance alinhado ao consenso do Itaú como um bom indicativo, reafirmando bons resultados mesmo em um ano desafiador pela frente”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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