Petrobras (PETR4): Difícil imaginar que licença não será concedida, diz CEO sobre operação de navio-sonda na Margem Equatorial

A Petrobras (PETR4) aguarda uma resposta do Ibama até esta quinta-feira (15) sobre a licença para operar um navio-sonda na Margem Equatorial. Segundo a CEO Magda Chambriard, a empresa está cumprindo todos os requisitos e respeitando a institucionalidade do país. Ela afirmou que, caso a licença não seja emitida, a Petrobras já tem tudo programado para remover a locação.
Magda explicou que a última exigência do Ibama, que era a criação de um novo centro de despetrolização no município de Oiapoque, foi atendida no final de março. A empresa já realizou o exercício pré-operacional dessa base, disse durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (13).
- Petrobras (PETR4) anuncia dividendos bilionários e alta de 48% no lucro: O que o mercado achou do resultado? Confira o que fazer com as ações no Giro do Mercado de hoje
Além disso, acrescentou a executiva, a companhia está entregando o maior Plano de Emergência Individual já desenvolvido para operações em águas profundas e ultraprofundas no mundo. “É muito difícil imaginar que essa licença não será concedida em uma área tão carente de desenvolvimento”, destacou.
A diretora Clarice Coppetti afirmou que, na semana passada, foram realizados testes de simulação de todos os exercícios de resposta a emergências, e os tempos obtidos estão dentro dos padrões exigidos pelos manuais do Ibama. Ele destacou que a Petrobras tem solicitado ao órgão uma data e planejamento para a avaliação pré-operacional.
“A gestão desse processo é algo que está em nível de diretoria, dada sua importância para a composição da matriz energética do país”, afirmou. Segundo ela, a empresa tem protocolado semanalmente no Ibama todos os passos que está seguindo, e acredita na resposta do órgão ambiental.
A Margem Equatorial é considerada uma importante fronteira exploratória, com um potencial estimado de 9 bilhões de barris de petróleo. No entanto, parte dos especialistas alerta para o risco de desequilíbrio ambiental, especialmente nas áreas próximas à Amazônia.
Lucro de R$ 35,2 bilhões
Na véspera, a Petrobras informou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e o pagamento de R$ 11,7 bilhões em dividendos.
Durante a teleconferência na manhã desta terça, Chambriard afirmou, em diversos momentos da teleconferência de resultados da estatal, que o momento é de “austeridade” e controle de custos, para enfrentar a queda do petróleo.
“Quando o preço sobe, nós temos mais conforto para largar as nossas ideias. Quando o preço desce, é hora de apertar os cintos”, afirmou.