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Dimon, Bezos entre CEOs que prometem contratar 100 mil residentes em Nova York

11 ago 2020, 8:50 - atualizado em 11 ago 2020, 8:50
JPMorgan
A promessa, feita por diretores-presidentes de 27 empresas como JPMorgan Chase, Citigroup e Amazon.com, faz parte da nova iniciativa “New York Jobs CEO Council”, segundo comunicado (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson)

Alguns dos maiores empregadores de Nova York disseram que planejam contratar 100 mil residentes “tradicionalmente carentes” da região na próxima década.

A promessa, feita por diretores-presidentes de 27 empresas como JPMorgan Chase, Citigroup e Amazon.com, faz parte da nova iniciativa “New York Jobs CEO Council”, segundo comunicado divulgado na segunda-feira.

Juntas, as empresas empregam mais de 3,6 milhões de pessoas, segundo números compilados pela Bloomberg.

Os CEOs planejam usar seus recursos coletivos, dinheiro e escala para criar “caminhos para carreiras estáveis para nova-iorquinos em comunidades de baixa renda e diversas”, muitos dos quais foram desproporcionalmente afetados pela crise econômica e de saúde causada pelo coronavírus, de acordo com o comunicado.

Pessoas em comunidades de baixa renda, negros e hispânicos têm maior probabilidade de serem afetadas pela pandemia.

Muitos trabalham em empregos com salários mais baixos no setor de serviços, que foram os mais afetados pela paralisação, e tinham menos recursos e menos economias para amortecer o golpe.

Os que ainda trabalham têm menor probabilidade de fazê-lo em casa, o que significa que negros, hispânicos e americanos de baixa renda correm risco maior de exposição ao vírus, segundo análise da Bloomberg.

O conselho de CEOs disse que planeja trabalhar com escolas locais e organizações sem fins lucrativos para ajudar a oferecer acesso à educação e treinamento para empregos “em demanda” para “comunidades vulneráveis”.

A promessa inclui planos para oferecer estágios e oportunidades de trabalho para 25 mil alunos da Universidade da Cidade de Nova York até 2030.

Alguns dos membros do grupo, como o diretor-presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, e Larry Fink, da BlackRock, têm incentivado outros CEOs a assumirem maior responsabilidade na abordagem de problemas sociais.

Em maio, Dimon disse esperar que congressistas usem a Covid-19 como catalisador para reconstruir uma economia mais inclusiva.

‘Desigualdades econômicas’

“Muitos nova-iorquinos estão presos em empregos de baixa remuneração que podem ser perdidos no futuro ou enfrentam dificuldades para navegar no mercado de trabalho, já que a crise de Covid-19 exacerbou ainda mais as desigualdades econômicas na cidade”, disse Dimon no comunicado de segunda-feira. “Estamos usando nosso poder coletivo para preparar a força de trabalho da cidade com as habilidades do futuro e ajudando nova-iorquinos que ficaram para trás a avançar.”

A cidade de Nova York, que chegou a registrar o maior número de casos e mortes de Covid-19 do país, dá os primeiros passos na longa caminhada de volta à normalidade após meses de paralisações economicamente devastadoras.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, estima que o estado terá impacto de US$ 30 bilhões na receita nos próximos dois anos como resultado da crise de saúde pública. A taxa de desemprego no estado é de 15,7% e na cidade de Nova York, de 20,4%.

O conselho de CEOs inclui Brian Moynihan, do Bank of America, Brian Duperreault, da American International Group, Satya Nadella, da Microsoft, David Solomon, do Goldman Sachs, Hans Vestberg, da Verizon Communications, Jeff Bezos, da Amazon.com, e Peter Grauer, presidente do conselho da Bloomberg LP, controladora da Bloomberg News.

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