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Direcional “imita” programa Casa Verde-Amarela e sai no lucro

11 maio 2021, 16:00 - atualizado em 11 maio 2021, 16:00
Direcional
Concorrência: ao lançar imóveis para competir com a faixa 3 do Casa Verde-Amarela, a Direcional consegue resultados sólidos com sua marca Riva (Imagem: Direcional/Divulgação)

Em tempos de pandemia e empobrecimento da população, muitas incorporadoras depositam suas esperanças em programas habitacionais bancados pelo governo, como o Casa Verde-Amarela – a versão do presidente Jair Bolsonaro para o Minha Casa, Minha Vida, marca das gestões petistas que o antecederam.

Mas a Direcional (DIRR3) encontrou uma estratégia que parece combinar o melhor de dois mundos – alcança um público elegível para o programa federal, sem se atrelar formalmente a ele. Para a Ativa Investimentos, esse foi o grande trunfo da incorporadora para garantir bons resultados no primeiro trimestre.

O segredo é a Riva, braço da Direcional para o segmento de imóveis para a classe média baixa. “O vigor da demanda por imóveis com preço médio um pouco acima do grupo 3 do programa habitacional do governo, impulsionada pelas taxas de financiamento ainda baixas, assegurou uma participação maior da Riva nas vendas totais, garantindo a manutenção da margem bruta”, afirma a Ativa.

Falta algo

O grupo 3 do Casa Verde-Amarela atende famílias com renda mensal de até R$ 7 mil. E é aí que “imitar” as características do programa federal, sem se amarrar a ele, faz a diferença para a Riva e, por tabela, para a Direcional.

“Dado o preço médio das unidades da Riva, a companhia consegue ofertar imóveis com condições de financiamento muito próximas ao Casa Verde-Amarela, sem estar impedido pelo teto de preço do programa habitacional do governo”, explica a Ativa.

Mas nada disso foi suficiente para a corretora mudar sua recomendação para o papel, que permanece neutra, com preço-alvo de R$ 15. O valor embute uma alta potencial de 10% sobre os R$ 13,63 com que o papel fechou ontem (10).

Resultados

O lucro líquido da Direcional saltou 170% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2020, para R$ 27 milhões. Quando comparado com o quarto trimestre, contudo, o resultado é uma queda de 33%. A receita líquida somou R$ 413 milhões, elevação de 42%.

A empresa também anunciou que pagará R$ 100,1 milhões como dividendos intermediários. O valor corresponde a R$ 0,69 por ação. Considerando-se os R$ 13,63 com que o papel fechou ontem (10), o valor equivale a um retorno de 5%.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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