Combustíveis

Distribuidoras na defensiva à espera da Opep tiram liquidez do etanol esta semana

04 dez 2020, 10:21 - atualizado em 04 dez 2020, 10:27
Opep Setor Petrolífero
Opep trava negócios com o etanol nesta semana sob cautela das distribuidoras (Imagem: Reuters/Leonhard Foeger)

Enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) aguardava a resolução da reunião dos países produtores de petróleo (concluída quinta), as distribuidoras aguardavam a todos. E os negócios com o etanol hidratado tiveram sua liquidez afetada diante das incertezas do impacto na gasolina.

A originação foi menor e deve fechar a semana em leve queda, o que consolidaria duas semanas de redução moderada, pelo levantamento do Cepea/Esalq (menos 0,18%, R$ 2,0707, de 23 a 27).

Quem lida com esse mercado diariamente, como a SCA Trading, viu essa disposição, mesmo que já esteja em jogo a utilização dos estoques do biocombustível por parte das usinas e destilarias, estima Martinho Ono, CEO da empresa. A safra acabou e a produção já vinha sendo menor que a demanda.

Para ele, que não atribui queda do consumo puxando para baixo na indústria, o movimento ajudou também as empresas cadenciarem as compras, o que é típico de dezembro.

Os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os seus 10 aliados, reunidos no que se chama de Opep+, abortaram a proposta discutida há meses de aumentar a produção. E havia a possibilidade de até ser mantida a produção atual.

Os cortes vigentes deveriam cair de 7,7 milhões de barris por dia para 5,8 milhões, mas a defensiva prevaleceu e o bombeamento será aumentado em apenas 500 mil a partir de janeiro, com números finais em 7,2 milhões de produção.

Para Ono, deu mais previsibilidade para as distribuidoras, com petróleo não explodindo, caso prevalecesse a redução esperada, nem caindo se fosse mantido os mesmos patamares.

A alta desta sexta (4) – passa dos US$ 49,10, em mais 0,88%, às 10h20 (Brasília) – está dentro dos padrões do barril do Brent, que já circulava nos US$ 48 enquanto a Opep+ se reunia, e deve levar a Petrobras a prover outro reajuste na gasolina na próxima semana, depois dos 4% dados no dia 26. A assegura a competitividade do hidratado, mais ainda se for confirmada a redução esperada na fábrica esta semana.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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