Diversificação, retomada, recordes e ‘drible’ em Trump: O que exportações de carnes em setembro apontam para o Brasil?

(Imagem: Cristiano Estrela/Arquivo/Secom)

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O Brasil registrou um setembro expressivo para as suas exportações de carnes. O volume embarcado de carne bovina atingiu um recorde para o mês, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), mesmo com a imposição de tarifas pelos Estados Unidos em agosto.

O volume exportado somou 314,7 mil toneladas, um aumento de 25,1% em relação ao mesmo mês de 2024. O desempenho se deve à diversificação dos embarques para outros destinos, como o México.

Fernando Iglesias, analista de proteínas na Safras & Mercados, diz que o país surfou preços mais altos para carne bovina e a expectativa é de que 2025 represente um recorde para arrecadação no setor. Para ele, em carnes, o Brasil nunca esteve tão bem posicionado no mercado internacional.

Quanto a carne suína, o Brasil também viu um recorde de volumes, totalizando 151,6 mil toneladas, com alta de 25,9% em relação ao total exportado no mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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Os embarques de produtos in natura e processados do Brasil, quarto exportador mundial, foram impulsionados pela demanda das Filipinas, Japão, Vietnã e México.

“É interessante perceber que o Brasil está diversificando muito os seus destinos para carne suína e que deixamos ser tão dependentes da China. Hoje o nosso principal comprador são as Filipinas. É um ano muito interessante para nossa suinocultura”, explica Iglesias.

Já os embarques de frango totalizaram 482,3 mil toneladas em setembro, o melhor resultado mensal registrado nos últimos 11 meses, indicando uma retomada dos volumes após o setor deixar para trás a maioria dos impactos de um caso de gripe aviária em granja comercial.

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Pela primeira vez, a África do Sul foi o principal destino mensal das exportações de aves, com 38,7 mil toneladas exportadas em setembro, 35,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

“Para a avicultura, é bom lembrarmos que estamos num processo de recuperação. Os números são excelentes e ainda não contamos com a retomada da China. O final do ano tem tudo para ser um final de ano bem interessante nas vendas de carne de frango no mercado internacional”.