Dívida Pública

Dívida bruta fechará 2029 quase 20 pontos acima do nível pré-crise, indica Economia

22 out 2020, 12:38 - atualizado em 22 out 2020, 12:38
Moedas Real
Para a dívida líquida, a perspectiva é de que chegue em 2029 a 84,4% do PIB (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

A dívida bruta no final da década ainda estará quase 20 pontos acima do nível pré-crise, indicou o Ministério da Economia nesta quinta-feira, em apresentação exibida pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

A expectativa da pasta é de que a dívida bruta –considerada o principal indicador da saúde fiscal do país– suba de 93,9% do PIB este ano até 97,9% do PIB em 2026, para então recuar a 94,5% do PIB em 2029.

Com isso, a dívida seguirá distante do patamar de 75,8% do PIB atingido em 2019, no pré-pandemia.

Para a dívida líquida, a perspectiva é de que chegue em 2029 a 84,4% do PIB, primeiro ano em que terá efetivamente caído após a crise. Isso porque o cálculo é de que a dívida líquida avance de 55,7% do PIB em 2019 para 67,8% do PIB neste ano e, daí em diante, siga em trajetória ascendente até chegar a 84,7% do PIB em 2028.

O horizonte ressalta os desafios para o país recolocar suas contas públicas em ordem, após uma sucessão de déficits primários desde 2014, com receitas insuficientes para cobrir as despesas públicas –quadro que foi agravado exponencialmente após os gastos extraordinários deste ano associados ao enfrentamento da crise de Covid-19.

Em sua fala, Waldery defendeu a manutenção da regra do teto de gastos como “superâncora fiscal” e ressaltou a necessidade de o Brasil continuar com sua agenda de reformas, considerada “imprescindível para o equilíbrio fiscal”.

O secretário destacou, dentro dessa agenda, a continuidade de concessões e a realização da privatização de empresas estatais, além da aprovação do pacto federativo, medidas de liberalização comercial, redução e racionalização de subsídios e reformas administrativa e tributária.

Completam a lista exibida por Waldery medidas como redução dos custos para contratação de trabalhadores, lei de falências, autonomia do Banco Central e modernização de marcos legais em petróleo e gás, ferrovias, cabotagem, energia e saneamento.

Novo PIB

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O horizonte ressalta os desafios para o país recolocar suas contas públicas em ordem (Imagem: Flickr/Isac Nóbrega/PR)

De acordo com Waldery, o ministério revisará sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano no início de novembro.

Hoje, a projeção oficial é de contração de 4,7% para a economia em 2020, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou recentemente ter uma expectativa de queda de 4%.

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