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Dividendos altos não convencem, e XP mantém cautela para este fundo imobiliário

22 nov 2025, 13:00 - atualizado em 21 nov 2025, 12:01
FIIs fundos imobiliários (Imagem CanvaGetty Images)
Dividendos altos não convencem, e XP mantém cautela para este fundo imobiliário (Imagem: CanvaGetty/ Images)

A XP Investimentos manteve recomendação neutra para o fundo imobiliário Habitat Recebíveis Pulverizados (HABT11), ressaltando que a decisão está ligada à maior exposição do portfólio do FII a créditos considerados mais arrojados, o que exige cautela no atual ambiente macroeconômico.

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Apesar de destacar o histórico de performance atrativo, o trabalho técnico da gestão e o forte desconto frente à cota patrimonial, a corretora avalia que o dividend yield (DY) elevado, de 16,3%, não compensa totalmente o risco quando comparado a alternativas disponíveis no mercado.

“Entendemos que o cenário de juros elevados por um período prolongado, aliado à desaceleração da atividade econômica, ainda exige cautela com créditos high yield”, pontua a casa em relatório.

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Perfil de risco arrojado

Desde sua estreia, o HABT11 acumula retorno de 78,3%, considerando valorização da cota e rendimentos distribuídos, o que equivale a IPCA +9,4% ao ano.

“Esse resultado supera os principais referenciais e outros fundos high yield, evidenciando a atuação técnica e diligente da gestão frente aos pares, mesmo em situações adversas. Contudo, vem acompanhado de maior volatilidade”, afirma a XP.

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A corretora ressalta que, embora parte relevante dos empreendimentos ligados aos CRIs apresente avanço médio de 83% nas obras e 79% nas vendas, o fundo segue bastante exposto a operações de multipropriedade (46%), loteamentos (31%) e incorporações verticais (20%), o que deixa a carteira com perfil arrojado.

Além disso, cerca de 15,6% do patrimônio líquido (PL) está em séries subordinadas de CRIs e 2,9% em mezaninos — estruturas naturalmente mais arriscadas.

Atualmente, o HABT11 possui cerca de 60 mil cotistas e R$ 768 milhões em PL. Apesar da base de investidores relativamente pulverizada, o tamanho reduzido em relação aos principais FIIs do mercado limita a liquidez: a média diária gira em torno de R$ 780 mil, o que, de acordo com a XP, pode afetar preços de entrada e saída dependendo do volume das ordens.

Gestão ativa e ponto de atenção

O relatório ainda avalia que a gestão do fundo tem atuado de forma ativa na reciclagem do portfólio, com o objetivo de reduzir a exposição a operações com perspectivas menos favoráveis.

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Entre as medidas adotadas, estão o encerramento das posições nos CRIs Lugano (4,8% do PL) e Allure (0,62%), no início de 2025, e Natural Ville e Cumaru SP (1,94%), em abril.

Ainda assim, a XP diz que, entre os pontos de atenção, 15,2% do PL seguem expostos a operações desenquadradas nas métricas de acompanhamento, que vêm sendo trabalhadas, mas ainda sem a recuperação esperada, embora tenham tendência positiva.

Além disso, outros 1,7% estão em CRIs com situação creditícia mais delicada.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
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