Internacional

Dividendo global despenca para pior nível desde crise financeira

24 ago 2020, 10:13 - atualizado em 24 ago 2020, 10:13
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Os pagamentos de dividendos globais tiveram queda de 108 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano (Imagem: Pixabay)

A crise do coronavírus fará com que as maiores empresas do mundo reduzam os pagamentos de dividendos entre 17% e 23% este ano, o que pode chegar a 400 bilhões de dólares, mostrou um relatório, embora setores como tecnologia estejam indo na direção oposta.

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Os pagamentos de dividendos globais tiveram queda de 108 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano, indo a 382 bilhões de dólares, calculou a gestora de fundos Janus Henderson, o que equivale a uma queda anual de 22%, que será a pior desde pelo menos 2009.

Todas as regiões tiveram dividendos mais baixos, exceto a América do Norte, onde os pagamentos de empresas canadenses mostraram-se resilientes.

Em todo o mundo, 27% das empresas cortaram seus dividendos, enquanto a Europa, região mais afetada, viu mais da metade fazer isso e dois terços delas os cancelaram totalmente.

“2020 terá o pior resultado para dividendos globais desde a crise financeira global”, disse o relatório da Janus Henderson publicado nesta segunda-feira.

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“Agora esperamos que os dividendos globais principais caiam 17% no melhor cenário, pagando 1,18 trilhão de dólares … Nosso pior cenário poderia ver os pagamentos caírem 23% para 1,10 trilhão.”

Bancos e outras instituições financeiras que receberam ordens do Banco Central Europeu para parar de pagar dividendos foram responsáveis por metade da redução de 45% no segundo trimestre da Europa, indo a 77 bilhões de dólares.

Mineradoras e petroleiras foram duramente atingidas pela queda generalizada nos preços das commodities e empresas de bens de consumo discricionários também viram suas operações duramente afetadas pelas medidas de isolamento social, resultando em dividendos muito mais baixos.

Em contraste, os pagamentos das empresas de tecnologia e telefonia, e de saúde não foram afetados, com os dividendos subindo 1,8% e 0,1%, respectivamente, em uma base subjacente.

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“As tendências de dividendos estão refletindo as tendências da sociedade e do mercado de ações no momento”, disse o chefe de renda global de ações da Janus Henderson, Ben Lofthouse.

No futuro, disse ele, alguns fatores-chave determinarão o quão forte será a recuperação dos dividendos.

“A grande questão para os EUA é o que acontecerá no quarto trimestre. Se muitas empresas fizerem cortes significativos em seus dividendos, os pagamentos serão fixados em um nível inferior até o final de 2021.”

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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