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Dividendos: A empresa que turbinou a diversificação dos negócios e promete proventos constantes

13 maio 2022, 13:54 - atualizado em 13 maio 2022, 14:18
Guilherme Aguiar e Heverton Peixoto, da Wiz, que quer ser boa pagadora de dividendos
Guilherme Aguiar (Diretor de Relações com Mercado) e CEO Heverton Peixoto (Celso Doni/ Divulgação)

Quer estabilidade em dividendos? Pois essa é a palavra que o CEO da Wiz (WIZS3), Heverton Peixoto, usa para definir os proventos da companhia, após o fim de uma parceira com a Caixa – e que levou a diversificação dos negócios.

A companhia pretende seguir com o payout [taxa de pagamento] que ela tem pago, de 50% do lucro líquido da controladora”, disse o executivo ao Money Times, destacando que Wiz espera o aumento em todas as linhas do balanço – inclusive da última.

O cronograma, diz, deve seguir o de duas vezes por ano, em abril e novembro. “A gente pretende dar consistência e perenidade para política de dividendos da companhia”, afirmou Peixoto.

“Quando você vai para valores absolutos, é mais ou menos a mesma ordem de grandeza, com uma perda programada marginal para este ano’, disse o CEO da Wiz.

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1T21 da Wiz, para além dos dividendos

Wiz teve uma queda de 18,7% do lucro líquido no primeiro trimestre, na comparação anual, a R$ 51, 7 milhões. O resultado foi o primeiro divulgado sem a participação no balanço da empresa da Caixa – a parceria chegou a corresponder a a cerca de 80% da receita da companhia.

Em 2018, o banco comunicou que encerraria uma parceria de 47 anos com a Wiz, ao não escolhê-la como co-corretora do balcão de seguros da instituição.

Segundo Peixoto, a ação da Wiz – que acumula queda de 26% nos últimos 12 meses – tem sofrido por questões externas e ruídos provocados por acionistas que “vão ou não vender a participação acionária” na empresa, “especificamente a CHS [Caixa Seguros Holding]”.

“A holding da Caixa Seguridade soltou em agosto do ano passado um fato relevante, no pico da ação, dizendo que pretendia vender a ação e não se movimentou até então”, afirma o executivo.

No entanto, o CEO da Wiz diz que espera uma recuperação dos papéis, conforme a empresa apresente bons resultados. A ação da companhia disparava 11,8% no pregão desta sexta-feira (13), após a divulgação do balanço do primeiro trimestre.

“A companhia e o time de liderança da Wiz estão com uma orientação muito clara: não é para ficar olhando para ação a cada dia. É para a gente entregar valor trimestre a trimestre. O preço da ação inevitavelmente vai reagir”, afirma Peixoto.

O executivo argumenta que a companhia é uma “boa pagadora de dividendos, altamente geradora de caixa, com um resultado histórico – e que tende a impactar mais cedo ou mais tarde ao preço da ação”. “Ação tem que reagir, porque o mercado no longo prazo reflete o resultado que o time entregar”.

Em abril, a Wiz aprovou a distribuição de R$ 94 milhões em dividendos a seus acionistas. O valor por ação era de R$ 0,5880. 

O pagamento tem sido realizado em duas etapas. A primeira parcela, de 15% do valor total, foi creditada aos acionistas até 29 de abril, no valor de R$ 0,0882 por ação. A segunda parcela, de 85% do valor, será paga até 25 de novembro de 2022, a R$ 0,4998 por ação.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.